tag:blogger.com,1999:blog-50824036231060420362024-02-19T23:10:06.633-03:00Fisioterapia do EsporteFisioterapia EsportivaClaudio Mesquitahttp://www.blogger.com/profile/04407601622719979346noreply@blogger.comBlogger28125tag:blogger.com,1999:blog-5082403623106042036.post-43510884161474272562017-12-29T16:38:00.002-02:002018-01-18T21:34:41.686-02:00Resposta ao Blog Recorrido sobre a Fisioterapia<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif; font-size: large;"><br /></span></div>
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<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif; font-size: large;"><br /></span></div>
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<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhChX8M6LJZCj11CfgSklsQSbD0dQ1D3rkx-53ODqkSfr_VRXc11lvZeozDar7AMfZlN1h1oWhAymUFfyAJgAngB5wp6_GBY4amf8MzvkmkeJCRrZXnTgy02wPHIbOru2z-ZKok0NdwQiI/s1600/clouds-1702272_1920.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="503" data-original-width="1600" height="200" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhChX8M6LJZCj11CfgSklsQSbD0dQ1D3rkx-53ODqkSfr_VRXc11lvZeozDar7AMfZlN1h1oWhAymUFfyAJgAngB5wp6_GBY4amf8MzvkmkeJCRrZXnTgy02wPHIbOru2z-ZKok0NdwQiI/s640/clouds-1702272_1920.jpg" width="640" /></a></div>
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<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif; font-size: large;"><br /></span></div>
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<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif; font-size: large;"><br /></span></div>
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<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif; font-size: large;">Essa é a primeira vez que escrevo um "artigo resposta", ou seja, uma resposta a um artigo escrito em outro local. No caso, me refiro ao <a href="https://blogrecorrido.com/">Blog Recorrido</a>, de autoria do Danilo Balu, que é formado em Esporte e também em Nutrição pela USP. O assunto mais recorrente no blog em questão é a corrida, e a <b>Fisioterapia</b> (para corredores) acaba sendo, eventualmente, tema dos artigos. E quando a <b>Fisioterapia</b> é criticada de uma forma que considero inadequada, sempre procuro responder.</span></div>
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<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif; font-size: large;"><br /></span></div>
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<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif; font-size: large;">Eu já havia respondido ao Danilo Balu antes, porém, foi no próprio facebook. Aproveita, entra lá, me adiciona, e <a href="https://www.facebook.com/ClaudioMesquitaFisio/posts/327018661095139">leia aqui</a>. </span><span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif; font-size: large;">Foi referente ao artigo "</span><a href="https://blogrecorrido.com/2017/08/31/sobre-tenis-atencao-e-sentir-se-especial/" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: x-large;">Sobre tênis, atenção e sentir-se especial</a><span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif; font-size: large;">". Questiono muita coisa do texto dele no que se refere à <b>Fisioterapia</b>.</span></div>
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<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif; font-size: large;"><br /></span></div>
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<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif; font-size: large;">Mas, recentemente, foi publicado um novo texto no <a href="https://blogrecorrido.com/">Blog Recorrido</a>, chamado "<a href="https://blogrecorrido.com/2017/12/28/o-melhor-metodo-para-prevencao-e-reabilitacao-de-lesoes/">O melhor método para prevenção e reabilitação de lesões</a>". É um ótimo texto, curto, simples, direto ao ponto e cheio de verdades. Concordo muito com o direcionamento do texto. Mas há divergências.</span><br />
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif; font-size: large;"><br /></span>
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif; font-size: large;">Antes, porém, destaco o ponto principal que é a questão do "faça intervenções". Fazer intervenções desnecessariamente se chama, na área da saúde, de <b>OVERTREATMENT</b> isso pode ser prejudicial em diversos aspectos. Em primeiro lugar, o <b>custo de tempo e dinheiro</b> para a realização e aplicação de condutas inúteis. Em segundo lugar, o <b>estabelecimento de crenças</b> de que essas condutas são necessárias (fazendo o atleta achar que precisa recebê-las quando tem uma lesão como, por exemplo, aplicação de tens - eletroanalgesia - nem sempre é útil, mas muitas vezes acredita-se que é importante aplicá-la - já falamos disso no <a href="http://fisioterapiadoesporte.blogspot.com.br/2016/11/a-analgesia-na-fisioterapia-parte-1.html">nosso texto de analgesia</a>. Outro exemplo, exercícios de propriocepção no disco de equilíbrio pra prevenção, o que, especialmente na ausência das verdadeiras orientações preventivas, estabelece a crença de que esse tipo de treino é fundamental). Em terceiro lugar, <b>prejuízo direto do excesso de condutas</b> (pelo risco de dosagem excessiva). Quarto, por "<b>enganar</b>" (intencionalmente ou não) o paciente em relação à história natural e outros aspectos de sua dor ou lesão, sobre os quais é responsabilidade do Fisioterapeuta orientar e ensinar o atleta ou paciente. Por último, mas não por menos, pela <b>ausência de ênfase</b> naquilo que realmente importa para o tratamento ou prevenção.</span><br />
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif; font-size: large;"><br /></span>
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif; font-size: large;"></span><br />
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif; font-size: large;">Mas é fundamental destacar que, em muitas situações, <b>intervenções diretas</b> (da chamada pelo autor de "via positiva") são SIM necessárias. O fato de não serem sempre necessárias não quer dizer que nunca o sejam. Muito pelo contrário. Por outro lado, <b>as orientações da chamada "via negativa" também são prerrogativas do Fisioterapeuta</b>. Orientar o paciente apenas a diminuir a carga ou volume, ou mesmo repousar, quando necessário, são intervenções da Fisioterapia também. A questão de qual utilizar varia de situação clínica para situação clínica. O profissional deve ser ético, atualizado e competente para saber quando utilizar qual conduta. Que fique claro, não é a <b>Fisioterapia</b> que está sendo criticada, é aquilo que certos profissionais aplicam e que o Danilo Balu pode bem observar. Falo mais dessas diferenças entre Fisioterapia e fisioterapia ao final.</span><br />
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<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif; font-size: large;"><br /></span></div>
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<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif; font-size: large;">Vamos aos <b>três pontos</b> principais, que são: 1. questionamento à individualização; 2.a crítica à observação e análise da corrida; e 3. ao uso das esteiras.</span></div>
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<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif; font-size: large;"><br /></span></div>
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<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif; font-size: large;">Vamos começar pelo último. O <b>uso das esteiras</b>, quando trabalhamos com a <b>reeducação do gesto esportivo da corrida</b>, pode ser extremamente útil, pois permite o feedback em tempo real e a homogeneização da velocidade. Ou seja, podemos verificar se as alterações que desejamos produzir no movimento foram conseguidas para uma velocidade específica. Quando isso é feito fora dela, o atleta pode, eventualmente, conseguir uma mudança no movimento, mas cuja origem é a alteração de sua velocidade. Na esteira isso não acontece. Enfatizamos, porém, que a necessidade de correção da biomecânica da corrida é superestimada demaaaaais. Ela é necessária num número de situações muito menor do que muitos pensam.</span></div>
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<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif; font-size: large;"><br /></span></div>
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<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif; font-size: large;">Em relação á <b>individualização do tratamento</b> eu até entendo o que o Danilo Balu se refere, que é o excesso ou o uso fútil da individualização. Isso também é <b>OVERTREATMENT</b>, como falamos acima. Porém, algum grau de individualização ocorre em todos os tratamentos. Cada <b>atleta</b> de corrida tem uma necessidade. Tem gente que temos de orientar (e ensinar) a <b>fortalecer</b>, tem gente que tem dores que necessitam de <b>tratamentos específicos</b> (como um exercício muito específico que ele tem de repetir), tem atletas que vão sim se beneficiar de uma <b>mudança na forma como realizam seus movimentos da corrida</b>, tem gente que precisa conversar pra se tranquilizar, tem gente que precisa de <b>informação</b> sobre sua dor ou lesão, tem outros que necessitam de uma combinação desses aspectos e assim por diante. . Tem gente que recebe a orientação e realiza a conduta por conta própria. Tem outros que precisam de acompanhamento. Existe uma grande heterogeneidade das pessoas (e atletas). Esse tipo de esclarecimento se faz necessário pois o texto dá a entender que as pessoas, e suas lesões ou dores, são muito homogêneas ("ainda que não haja nada de especial em uma dor comum"). Isso não é verdade. Uma coisa é se questionar o <b>comportamento das pessoas</b> (como se questionou no artigo do Blog Recorrido que citamos no início do texto - e para o qual já respondemos), outra é se questionar o <b>comportamento dos profissionais da saúde</b> (o que é justíssimo) feito no texto mais atual. Mas isso não pode ser feito às custas da imagem da <b>Fisioterapia</b> como ela deve ser realizada - com integridade, através de profissionais atualizados e competentes. Dêem um outro nome a essas ações e comportamentos que exploram os pacientes, mas não chamem de <b>Fisioterapia</b>.</span></div>
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<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif; font-size: large;"><br /></span></div>
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<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif; font-size: large;">Por último, a respeito da <b>observação e análise do movimento</b>, cada vez surgem mais evidências de que a observação 2D é confiável (<a href="https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/25883862">MAYKUT et al (2015)</a>, <a href="https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/28666810">ESCULIER et al (2016)</a>, <a href="https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/28777956">CREABY et al (2017)</a>, <a href="https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/29268237">MEYER et al (2017)</a>), que podemos prevenir através da mudança do movimento (<a href="https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/29065279">CHAN et al (2017)</a>) e de que somos capazes de obter efeitos clínicos significativos através da mudança do gesto esportivo da corrida (aí tem tanta coisa que nem vou colocar os links).</span></div>
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<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif; font-size: large;"><br /></span></div>
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<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif; font-size: large;">Enfatizados esses três pontos, vamos aos outros <b>detalhes</b>.</span></div>
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<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif; font-size: large;"><br /></span></div>
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<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif; font-size: large;"><b>Tratamento complexo</b>: difícil julgar a complexidade mas, via de regra, os tratamentos de corredores são simples, focados em aspectos específicos. Dar 50 exercícios diferentes é <b>improdutivo</b>. Devemos entender o que o atleta necessita e atendermos, de forma precisa, a essa necessidade. </span><span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif; font-size: large;">Concordo
em relação a esse aspecto, mas enfatizo a dificuldade de julgar.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif; font-size: large;"><br /></span></div>
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<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif; font-size: large;"><b>Nomes pomposos</b>, "tipo POSTUROLOGIA": é o marketing, ou um marketing. Inventar nomes novos para coisas de sempre é recorrente na área da saúde. Concordo com o Danilo Balu. Infelizmente o nome <b>FISIOTERAPIA</b> está, ao meu ver, superdesvalorizado. As pessoas acham que é uma técnica ou tratamento genérico quando, na verdade, é uma profissão e uma ciência. Daí muitos preferem enfatizar o nome de técnicas e métodos.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif; font-size: large;"><br /></span></div>
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<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif; font-size: large;"><b>Uso de avental</b>: não entendi o problema. Uso de avental é rotina por parte de clínicos das mais diversas áreas da saúde. Ou devem usar <b>camisa regata, bermuda, chinelo e fumar charuto</b> na hora de atender? Não tenho nada contra o uso de avental, embora eu não use.</span><br />
<br /></div>
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<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif; font-size: large;">Que fique claro: eu acho <b>ótimo</b> quando criticam a <b>Fisioterapia</b>. Tem muito a ser criticado nela, mas tem muito a ser louvado que muitos não conhecem ou não destacam. Achei ótimo ler uma crítica de um profissional não <b>Fisioterapeuta</b>, mas que a analisa e procura encontrar suas falhas. Quisera os Fisioterapeutas fizessem mais isso. Teríamos uma <b>Fisioterapia</b> mais efetiva, mais conceituada e mais reconhecida. Enquanto isso não acontece, vamos seguindo com o pensamento de que <b>Fisioterapia</b> é aquilo realizado por clínicas ditas "de convênio", de que fisio preventiva é a realização de exercícios de propriocepção no disco de equilíbrio, de que aparelhinho é fundamental no tratamento, vamos achando que o <b>Fisioterapeuta</b> depende de outros profissionais pra exercer suas atividades e tantos outros equívocos. Dá pra falar por páginas e páginas, e com evidências, do que é e da importância da <b>Fisioterapia</b> e de sua utilidade. Deixamos isso pra outra oportunidade.</span><br />
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif; font-size: large;"><br /></span>
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif; font-size: large;">A verdade é que aquilo que as pessoas vêem e definem como fisioterapia é diferente daquilo que eu vejo e defino como <b>Fisioterapi</b>a. Como disse, é uma profissão e uma ciência, e só é <b>Fisioterapia</b> aquela que, de fato, se embasa em ciência de alta qualidade. Talvez isso explique as divergências supracitadas. </span></div>
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<span style="font-size: large;"><br /></span></div>
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<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif; font-size: large;"><br /></span></div>
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<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif; font-size: large;">E você, o que achou disso tudo? Coloque aí nos comentários.</span></div>
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<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif; font-size: large;"><br /></span></div>
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<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif; font-size: large;">PS: o Danilo Balu respondeu. Leia <a href="https://blogrecorrido.com/2018/01/18/o-lesionado-quer-melhorar-mas-precisa-e-de-esperanca/">clicando aqui</a>.</span></div>
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<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif; font-size: large;"><br /></span></div>
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Claudio Mesquitahttp://www.blogger.com/profile/04407601622719979346noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5082403623106042036.post-47045457200288515242017-10-13T16:58:00.001-03:002017-11-07T16:44:09.962-02:00As Injeções de Corticoesteróides nas Lesões Ortopédicas e Esportivas<div style="text-align: justify;">
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgDx4OF_p8consdH5bLUOK5aFMQv-qWKdKMuvKYRD4iKzA12RlW-gMRaJuiR-YzsU2KLO4FqhoyAhNIfmN_S-PlX3hvpZYiIGKMRiDs0OxuM9eZPtkdqd6j2ELwIg56J39MsrJABFioT78/s1600/syringe-1463762_1920.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1067" data-original-width="1600" height="265" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgDx4OF_p8consdH5bLUOK5aFMQv-qWKdKMuvKYRD4iKzA12RlW-gMRaJuiR-YzsU2KLO4FqhoyAhNIfmN_S-PlX3hvpZYiIGKMRiDs0OxuM9eZPtkdqd6j2ELwIg56J39MsrJABFioT78/s400/syringe-1463762_1920.jpg" width="400" /></a></div>
<br />
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">As injeções de corticoesteróide são um recurso bastante utilizado no tratamento das dores e lesões esportivas. São elas, de fato, úteis? Quando são necessárias? Será que, ao invés de ajudar, podem prejudicar? </span><br />
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">Vamos buscar responder a essas perguntas, analisando seu efeito em diversas situações clínicas. Prossiga lendo após o infográfico.</span><br />
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><br /></span>
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjBfNzqxQ5cJzVKiPNwegbqJTXA-gfVUXaLg4c7gRyKh_zCGGOgB3ahoX-U6s55VLSX7xd1wf_ewre-13a4e4ikKsb9JvLObIGiNLDhKNb6tbmTuvgV1ITvy1igDs5cCiYUlQ87rjooVRY/s1600/Por+qu%25C3%25AA+N%25C3%2583O+utilizar+as+inje%25C3%25A7%25C3%25B5es+de+Corticoester%25C3%25B3ides.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="604" data-original-width="805" height="480" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjBfNzqxQ5cJzVKiPNwegbqJTXA-gfVUXaLg4c7gRyKh_zCGGOgB3ahoX-U6s55VLSX7xd1wf_ewre-13a4e4ikKsb9JvLObIGiNLDhKNb6tbmTuvgV1ITvy1igDs5cCiYUlQ87rjooVRY/s640/Por+qu%25C3%25AA+N%25C3%2583O+utilizar+as+inje%25C3%25A7%25C3%25B5es+de+Corticoester%25C3%25B3ides.jpg" width="640" /></a></div>
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><br /></span><span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif; font-size: x-large;"><b>Fasciíte Plantar</b></span><br />
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">Qual a utilidade das injeções de corticoesteróides na <b>fasciíte plantar</b>?</span><br />
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">Nas fasciíte plantar, o que as evidências nos indicam é que pode haver, de fato, uma redução da dor significativa com o uso de <b>corticoesteróides</b>. Porém, é fundamental ressaltar que esse é um efeito de <b>curta duração</b>, que não costuma durar mais de 4 a 12 semanas (1,2). Ou seja, melhora mas, depois de um tempo não muito longo, volta a ser como antes. </span><br />
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">Dessa forma, o uso de injeções de corticoesteróides <b>NÃO</b> é a solução para as dores da fasciíte plantar. </span><br />
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">Mas além da ausência de benefício real, há um outro "detalhe". Há um aumento do risco do desenvolvimento de <b>RUPTURA da fáscia plantar</b> naqueles que recebem essas injeções (3). É um risco pequeno (1, 4), mas que parece aumentar à medida em que se recebe mais injeções (3). Outro risco gravíssimo é o de atrofia do coxim adiposo do calcanhar (1). Essa atrofia torna a pisada e o contato do calcanhar com o chão doloroso, dificultando a própria caminhada.</span><br />
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">Ou seja, além de não ser um tratamento efetivo (que "resolve" o problema - ou ao menos o ameniza consistentemente) ele ainda traz <b>riscos sérios</b>.</span><br />
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif; font-size: x-large;"><b>Tendinopatia de Ombro</b></span><br />
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">Essas injeções também podem ser sugeridas para <b>dores no ombro</b>. Será que, nesses casos, ela seria indicada?</span><br />
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">Embora no ombro o risco de efeitos colaterais pareça ser menor, o benefício clínico também é duvidoso. De fato, a análise de diversos estudos que avaliaram os efeitos clínicos das injeções de <b>corticoesteróides</b> para o ombro (<b>tendinite do manguito rotador</b>) mostra que eles não existem na reavaliação 3 meses após a injeção (7). Ou seja, se há efeito parece ser de duração bastante limitada (algo que dura, no máximo, 2 meses), esse efeito é pequeno, <b>ocorre numa minoria das pessoas</b> e novas injeções não trazem benefício adicional (7).</span><br />
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><br /></span>
<b><span style="font-size: x-large;"><span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">Tendinopatia Patelar</span></span></b><br />
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">Será que as injeções de corticoesteróides são úteis na<b> Tendinopatia (Tendinite) Patelar</b>? </span><br />
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">Uma análise científica de diversos métodos de tratamento para as Tendinopatias Patelares foi recentemente publicada (8). Nela, tratamentos como <b>Fisioterapia</b>, cirurgia, ondas de choque, injeções de corticóide e outros foram analisados. </span><br />
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">O que foi revelado? Que as <b>injeções de corticoesteróide</b> parecem não oferecer benefício clínico duradouro aos pacientes com <b>Tendinopatia Patelar</b>. De fato, apenas um estudo foi feito de forma adequada para essa análise (9) o qual mostrou resultados significativamente superiores de um tratamento com <b>Fisioterapia</b> em relação ao uso de injeções, especialmente na reavaliação 6 meses após o início dos tratamentos.</span><br />
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">A injeção pareceu trazer um benefício a curto prazo (não maior que o do tratamento Fisioterapêutico), mas, após 3 meses, os benefícios da injeção foram diminuindo, enquanto continuaram presentes no grupo de <b>Fisioterapia</b>.</span><br />
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><br /></span><span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif; font-size: x-large;"><b>Epicondilite Lateral</b></span><br />
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">E na Epicondilite Lateral, será que vale à pena usar <b>corticoesteróides</b>?</span><br />
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">Um estudo de alta qualidade, publicado em 2006, mostrou que as injeções trouxeram maior alívio da dor no curto prazo (6 semanas após início do tratamento) do que o não fazer nada ("deixar o tempo passar") ou um tratamento com Fisioterapia. O aspecto a se destacar, porém, é que as <b>injeções foram PIORES do que nada fazer</b> no médio e longo prazo (10).</span><br />
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">Em outras palavras, no longo prazo, <b>é melhor NÃO FAZER NADA do que receber injeções</b> de corticoesteróides. No curto prazo, porém, o seu uso seria, potencialmente, benéfico.</span><br />
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">Um outro estudo também reforçou esses resultados (11). Nele, os resultados a curto prazo favoreceram as injeções, mas no longo prazo (1 ano) as <b>injeções foram inferiores a nada fazer</b> (11). </span><br />
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">Reforçando o que fora visto, o artigo sugere que <b>NÃO FAZER NADA</b> é, no longo prazo, melhor que tomar injeção de corticoesteróide (11).</span><br />
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">Mas se o uso de corticoesteróides pode trazer um alívio rápido da dor (melhora no curto prazo), será que ele auxiliaria o tratamento com <b>Fisioterapia</b>?</span><br />
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">Um outro estudo comparou <b>injeção placebo com injeção de corticoesteróide</b> no curto (4 semanas) e longo prazo (1 ano após), juntamente, ou não, à Fisioterapia (12, 13). Embora a i<b>njeção de corticoesteróides</b> tenha apresentado melhores resultados no curto prazo, no longo prazo apresentou resultados piores do que placebo (12, 13). Ou seja, o uso de corticoesteróides, associado à Fisioterapia, foi <b>PIOR DO QUE FISIOTERAPIA APENAS</b> (12). Dessa forma, por mais que consiga trazer um alívio mais rápido da dor (nas 4 primeiras semanas), <b>potencialmente prejudica</b> o tratamento no longo prazo.</span><br />
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">Sendo assim, não parece ser recomendável a indicação das injeções de corticoesteróides para o tratamento das <b>Epicondilites Laterais</b> pois, embora possa trazer alívio da dor a curto prazo, não traz benefícios no longo prazo, podendo, inclusive, ser prejudicial.</span><br />
<div>
<br />
<br />
<b style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: xx-large;">Considerações Finais</b><br />
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">Foi possível ver que, embora as <b>injeções de corticoesteróides</b> tenham potencial, em algumas situações, para alívio a curto prazo, <b>seu uso contém riscos e, no longo prazo, pouquíssimos (se é que algum) benefício</b>. Faltam, porém, análises de seu uso concomitantemente a um tratamento Fisioterapêutico de qualidade, assim como seu estudo no tratamento de outras lesões e condições ortopédicas e desportivas.</span></div>
</div>
<div>
<br />
<br /></div>
</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">Referências Bibliográficas</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">1. Ang T. The effectiveness of corticosteroid injection in the treatment of plantar fasciitis. Singapore Medical Journal. 2015 Aug;56(8):423–32. <a href="https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/26311907">ANG (2015)</a></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">2. Li Z, Yu A, Qi B, Zhao Y, Wang W, Li P, et al. Corticosteroid versus placebo injection for plantar fasciitis: A meta-analysis of randomized controlled trials. Experimental and Therapeutic Medicine [Internet]. 2015 Mar 24 [cited 2017 Jun 4]; Available from: http://www.spandidos-publications.com/10.3892/etm.2015.2384 <a href="https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/26136971">LI et al (2015)</a> </span><br />
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">3. Lee HS, Choi YR, Kim SW, Lee JY, Seo JH, Jeong JJ. Risk Factors Affecting Chronic Rupture of the Plantar Fascia. Foot & Ankle International. 2014 Mar;35(3):258–63. </span><a href="https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/24275488" style="font-family: arial, helvetica, sans-serif;">LEE et al (2014)</a><span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"> </span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">4. Kim C, Cashdollar MR, Mendicino RW, Catanzariti AR, Fuge L. Incidence of Plantar Fascia Ruptures Following Corticosteroid Injection. Foot & Ankle Specialist. 2010 Dec;3(6):335–7. <a href="https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/20817847">KIM et al (2010)</a> </span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">5. Acevedo JI, Beskin JL. Complications of Plantar Fascia Rupture Associated with Corticosteroid Injection. Foot & Ankle International. 1998 Feb;19(2):91–7. <a href="https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/9498581">ACEVEDO et al (1998)</a></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">6. Sellman JR. Plantar Fascia Rupture Associated with Corticosteroid Injection. Foot & Ankle International. 1994 Jul;15(7):376–81. <a href="https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/7951973">SELLMAN (1994)</a></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">7. Mohamadi A, Chan JJ, Claessen FMAP, Ring D, Chen NC. Corticosteroid Injections Give Small and Transient Pain Relief in Rotator Cuff Tendinosis: A Meta-analysis. Clinical Orthopaedics and Related Research? 2017 Jan;475(1):232–43. <a href="https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/27469590">MOHAMADI et al (2017)</a></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">8. Everhart JS, Cole D, Sojka JH, Higgins JD, Magnussen RA, Schmitt LC, et al. Treatment Options for Patellar Tendinopathy: A?Systematic Review. Arthroscopy: The Journal of Arthroscopic & Related Surgery. 2017 Apr;33(4):861–72. <a href="https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/28110807">EVERHART et al (2017)</a></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">9. Kongsgaard M, Kovanen V, Aagaard P, Doessing S, Hansen P, Laursen AH, et al. Corticosteroid injections, eccentric decline squat training and heavy slow resistance training in patellar tendinopathy. Scandinavian Journal of Medicine & Science in Sports. 2009 Dec;19(6):790–802. <a href="https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/19793213">KONGSGAARD et al (2009)</a></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">10. Bisset L, Beller E, Jull G, Brooks P, Darnell R, Vicenzino B. Mobilisation with movement and exercise, corticosteroid injection, or wait and see for tennis elbow: randomised trial. BMJ. 2006 Nov 4;333(7575):939–0. <a href="http://www.bmj.com/content/333/7575/939">BISSET et al (2006) </a></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">11. Smidt N, van der Windt DA, Assendelft WJ, Devillé WL, Korthals-de Bos IB, Bouter LM. Corticosteroid injections, physiotherapy, or a wait-and-see policy for lateral epicondylitis: a randomised controlled trial. The Lancet. 2002 Feb;359(9307):657–62. <a href="https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/11879861">SMIDT et al (2002)</a></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">12. Coombes BK, Bisset L, Brooks P, Khan A, Vicenzino B. Effect of Corticosteroid Injection, Physiotherapy, or Both on Clinical Outcomes in Patients With Unilateral Lateral Epicondylalgia: A Randomized Controlled Trial. JAMA. 2013 Feb 6;309(5):461. <a href="https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/23385272">COOMBES et al (2013)</a></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">13. Coombes BK, Connelly L, Bisset L, Vicenzino B. Economic evaluation favours physiotherapy but not corticosteroid injection as a first-line intervention for chronic lateral epicondylalgia: evidence from a randomised clinical trial. British Journal of Sports Medicine. 2016 Nov;50(22):1400–5. <a href="https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/26036675">COOMBES et al (2015)</a></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<br />
<br />
<br />
<br /></div>
Claudio Mesquitahttp://www.blogger.com/profile/04407601622719979346noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-5082403623106042036.post-85107633506795471752017-02-13T09:27:00.000-02:002017-02-13T09:27:36.531-02:00Corrida - correr descalço causa menos lesões?<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
</div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgIclEKx3meV0tfsK7cM_sbe-oASzFCIcJoE167yhoask2evNypB1G-LirLupwwLq5VPH5LtLj6OHPaugOsz-cP4meTp0HtL9RWgQx3xJ9F5xvQfBBSMx1OfvmwgSCRjqKkkUXr7LT8Sco/s1600/bem+estar+-+correndo+no+sol+com+borda+.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="172" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgIclEKx3meV0tfsK7cM_sbe-oASzFCIcJoE167yhoask2evNypB1G-LirLupwwLq5VPH5LtLj6OHPaugOsz-cP4meTp0HtL9RWgQx3xJ9F5xvQfBBSMx1OfvmwgSCRjqKkkUXr7LT8Sco/s320/bem+estar+-+correndo+no+sol+com+borda+.jpg" width="320" /></a></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br />
Uma
das recentes febres a respeito da prática da corrida envolve o <b>correr minimalista</b>, com tênis
levíssimos, que nem parecem tênis, ou mesmo correr descalço.</div>
<a name='more'></a><br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
As
principais sugestões, oriunda de diversos "experts" e
"grupos" que defendiam esse tipo de prática, era de que o <b>correr minimalista seria mais natural e/ou
promoveria menos lesões</b>. Porém, isso não era fundamentado em pesquisa de
alta qualidade mas, puramente, baseado em <b>achismo</b>.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
Será
que o "achismo" se sustenta?</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
Um
estudo realizado por pesquisadores norte-americanos e publicado, em 2016, no
Jornal Britânico de Medicina Esportiva (Britsh Journal of Sports Medicine)
acompanhou, ao longo de um ano, <b>201
corredores</b>, sendo que 107 desses costumavam correr descalços e os outros 94
usavam calçados (1). As <b>lesões</b>
sofridas por esse grupo de atletas foram analisadas e correlacionadas ao uso ou não de calçado<span style="font-family: "calibri" , sans-serif; font-size: 11pt;">.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
Os
dados obtidos mostraram que a <b>taxa de
lesões</b> (por distância percorrida) não foi diferente entre os grupos, o que
sugere que não há diferença no risco de lesões. Porém, os corredores descalços
sofreram mais lesões na planta do pé (mas não de fasciíte plantar - cuja
incidência foi menor) e panturrilha, e menos lesões em quadril e joelho. É bem
provável que a sobrecarga mecânica imposta explique essas diferenças (2, 3)</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
Ou
seja, <b>não há diferença na frequência de
lesões</b> mas nos tipos de lesão que cada um sofre. </div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
Mais
um "mito", um "achismo" da <b>corrida,</b> que vai por terra.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<o:p><br /></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<o:p><br /></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
Referências
Bibliográficas</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
1. Altman
AR, Davis IS. <span lang="EN-US">Prospective
comparison of running injuries between shod and barefoot runners. </span>British
Journal of Sports Medicine. 2016 Apr;50(8):476–80. </div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span lang="EN-US">2. Kulmala J-P, Avela J, Pasanen K,
Parkkari J. Forefoot Strikers Exhibit Lower Running-Induced Knee Loading than
Rearfoot Strikers: Medicine & Science in Sports & Exercise. 2013
Dec;45(12):2306–13. </span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span lang="EN-US">3. Firminger CR, Edwards WB. The
influence of minimalist footwear and stride length reduction on lower-extremity
running mechanics and cumulative loading. Journal of Science and Medicine in
Sport [Internet]. 2016 Mar [cited 2016 Nov 24]; Available from:
http://linkinghub.elsevier.com/retrieve/pii/S1440244016000712 </span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br />
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
Claudio Mesquitahttp://www.blogger.com/profile/04407601622719979346noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5082403623106042036.post-35962668168307138372017-02-07T15:55:00.002-02:002017-02-07T15:55:42.533-02:00Corrida - a escolha do calçado pode estar sendo feita de forma errada<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhM3wZpbCVh-K_LHp8viXiI_AbAvrQUnw5aEl3GFLV96fEUab85t4gdJtS0J_zorcAW_NUl1S_SCYeS1tUe4LrHFxEC_JtDWhnFvNDpUXqLTKZcBBx8D2Ry7JgALoTcrbvn9T2DP0QdZ3c/s1600/bem+estar+-+corredora+pes+com+borda.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="217" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhM3wZpbCVh-K_LHp8viXiI_AbAvrQUnw5aEl3GFLV96fEUab85t4gdJtS0J_zorcAW_NUl1S_SCYeS1tUe4LrHFxEC_JtDWhnFvNDpUXqLTKZcBBx8D2Ry7JgALoTcrbvn9T2DP0QdZ3c/s320/bem+estar+-+corredora+pes+com+borda.jpg" width="320" /></a></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
A
escolha do <b>calçado</b> influencia o
surgimento de dores ou lesões em corredores?</div>
<a name='more'></a><br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
Para
responder essa pergunta, pesquisadores acompanharam cerca de 80 mulheres ao
longo de um programa de treinamento de 13 semanas de duração. Avaliaram o nível
de pronação dos pés e, aleatoriamente, cada uma delas recebeu um <b>par de tênis</b> de um tipo específico,
dentre três tipos: estabilidade, controle do movimento ou neutro.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<table border="1" cellpadding="0" cellspacing="0" class="MsoTableGrid" style="border-collapse: collapse; border: none; mso-border-alt: solid black .5pt; mso-border-themecolor: text1; mso-padding-alt: 0cm 5.4pt 0cm 5.4pt; mso-yfti-tbllook: 1184;">
<tbody>
<tr>
<td style="border: solid black 1.0pt; mso-border-alt: solid black .5pt; mso-border-themecolor: text1; mso-border-themecolor: text1; padding: 0cm 5.4pt 0cm 5.4pt; width: 432.2pt;" valign="top" width="576">
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
O <b>calçado de controle do movimento</b> era
o que apresentava mais ítens de controle do movimento (controle da pronação),
seguido do "estabilidade" e então do "neutro".</div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
</td>
</tr>
</tbody></table>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
As
atletas, que já tinham treinamento prévio, apresentaram três tipos de pisada
(avaliada pelo ìndice de Postura do Pé - um teste específico feito para
verificar o quanto de pronação está presente): neutra, levemente pronada ou
muito pronada. Acreditava-se que a <b>adequação
do calçado ao tipo de pisada</b> (pisada neutra com calçado neutro, pronação
leve com calçado de controle do movimento ou estabilidade, pronação elevada com
calçado de controle do movimento) iria promover uma <b>menor dor</b> medida em repouso, atividade e durante ou após a corrida,
e um menor número de lesões (dias perdidos de treinamento devido a dor ou
lesão).</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
Pois
bem, o que foi encontrado foi diferente disso: </div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
. em
indivíduos com pé pronado o <b>calçado de
controle do movimento foi o que gerou mais dor</b>, inclusive na corrida;</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
. naqueles
com pé neutro, o uso do <b>calçado de
controle do movimento também foi o que gerou mais dor</b>, inclusive na
corrida. </div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
. em
todas as situações, o <b>calçado de
controle do movimento foi o que gerou mais dor, tanto no pé neutro como no
pronado</b>, e teve uma tendência a maior dor nos pés muito pronados. </div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
. o <b>calçado de controle do movimento</b>
apresentou tendência também maior número de dias de afastamento do treinamento
para todos os tipos de pé. </div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
. <b>durante a corrida</b>, os pés neutros
apresentaram menos dor durante o uso do calçado de estabilidade em comparação
ao calçado neutro, enquanto os pé pronados apresentaram o inverso, menor dor no
uso dos calçados neutros em relação aos de estabilidade. </div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
Ou
seja, a <b>escolha do calçado</b> de
corrida de acordo com o grau de mobilidade (pronação, supinação, etc) avaliada
parece não ser uma ação adequada. Não se conseguiu adequar o calçado a essas
corredoras, de forma que tivessem menos dor com o calçado, supostamente, mais
apropriado.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
Outras
estratégias devem ser usadas. Se quiser uma (boa) sugestão, veja nossa dica de <a href="http://fisioterapiadoesporte.blogspot.com.br/2016/09/comoescolherocalcadodacorrida.html">como
escolher o calçado da corrida</a>.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
Referências
Bibliográficas:</div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span lang="EN-US">1. Ryan MB, Valiant GA, McDonald K,
Taunton JE. The effect of three different levels of footwear stability on pain
outcomes in women runners: a randomised control trial. </span>British Journal
of Sports Medicine. 2011 Jul 1;45(9):715–21.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
Claudio Mesquitahttp://www.blogger.com/profile/04407601622719979346noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5082403623106042036.post-2784724324716398772017-01-31T11:45:00.000-02:002017-01-31T11:45:07.377-02:00Corrida - usar dois pares de tênis, paralelamente, pode diminuir o risco de lesão?<br />
<div class="MsoNormal">
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEicRXIAHJ8chKXoDm9JP9DG2CNT24stqPdZRtdi4ZgVucZp0Wl_GshPKsZFoUvb_n7tl_wXGxE4N8dLa5-0NhxDIjcInJphVmI1pyI6X20IAzKXtjyEAFu91w5uBXKLHN1MhKSnMbRw7lw/s1600/bem+estar+-+corredora+pes+com+borda.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="217" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEicRXIAHJ8chKXoDm9JP9DG2CNT24stqPdZRtdi4ZgVucZp0Wl_GshPKsZFoUvb_n7tl_wXGxE4N8dLa5-0NhxDIjcInJphVmI1pyI6X20IAzKXtjyEAFu91w5uBXKLHN1MhKSnMbRw7lw/s320/bem+estar+-+corredora+pes+com+borda.jpg" width="320" /></a></div>
<br />
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Uma idéia muitas vezes difundida entre os praticantes de
corrida de rua é a de que <b>o uso paralelo
de dois ou mais pares</b> de calçados pode ajudar na prevenção de lesões. Será
isso mito, será isso verdade?</div>
</div>
<a name='more'></a><div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
</div>
<div class="MsoNormal">
<div style="text-align: justify;">
Visando responder essa pergunta, um grupo de pesquisadores
de Luxemburgo propôs um estudo no qual acompanharam, ao longo de 22 semanas,
mais de <b>250 corredores de rua</b>.
Durante esse período, 87 sofreram algum tipo de lesão. Foi, então, feita uma
análise comparativa entre aqueles que se lesionaram e os que não se lesionaram.</div>
</div>
<div class="MsoNormal">
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
</div>
<div class="MsoNormal">
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
</div>
<div class="MsoNormal">
<div style="text-align: justify;">
Os resultados mostraram que o <b>uso paralelo de mais de um par de calçados</b> (de modelos ou marcas
diferentes) foi um <b>fator protetor</b> em
relação às lesões, assim como a prática de outras atividades esportivas. A <b>variação do tipo de carga</b> seria a
explicação para ambos esses achados. Como usual, lesões prévias foram identificadas
como um fator de risco para novas lesões (embora não necessariamente a mesma
lesão).</div>
</div>
<div class="MsoNormal">
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
</div>
<div class="MsoNormal">
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
</div>
<div class="MsoNormal">
<div style="text-align: justify;">
Dessa forma, ter mais de um modelo de par de tênis na sua
prática de corrida pode ser mais um fator a te <b>proteger</b> das temidas lesões.</div>
</div>
<div class="MsoNormal">
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
</div>
<div class="MsoNormal">
<div style="text-align: justify;">
<br />
<br /></div>
</div>
<div class="MsoNormal">
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
</div>
<div class="MsoNormal">
<div style="text-align: justify;">
Referências</div>
</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<div style="text-align: justify;">
<span lang="EN-US">1. Malisoux
L, Ramesh J, Mann R, Seil R, Urhausen A, Theisen D. Can parallel use of
different running shoes decrease running-related injury risk?: Multiple shoe
use and running injuries. Scandinavian Journal of Medicine & Science in
Sports. 2015 Feb;25(1):110–5. </span><br />
<span lang="EN-US"><br /></span>
<span lang="EN-US"><br /></span></div>
</div>
Claudio Mesquitahttp://www.blogger.com/profile/04407601622719979346noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5082403623106042036.post-78861878201031568922017-01-23T11:45:00.000-02:002017-11-10T16:33:43.324-02:00Dor patelofemoral - os resultados cirúrgicos são bons?<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgwKj5GPwhTQQh-ojJkVn_uXcDu0snqnzsivcR4qaX7NqH8pPBkSIFbkZ6GF4NXGW-mkn8aMi8gDVxeDKw6xUOmeIvvkCnAAzUPoGPu2D7QRR3dRhjy8yG9ITt7ELT59Tybjm57V2SklyI/s1600/dor+no+joelho+com+borda.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="218" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgwKj5GPwhTQQh-ojJkVn_uXcDu0snqnzsivcR4qaX7NqH8pPBkSIFbkZ6GF4NXGW-mkn8aMi8gDVxeDKw6xUOmeIvvkCnAAzUPoGPu2D7QRR3dRhjy8yG9ITt7ELT59Tybjm57V2SklyI/s320/dor+no+joelho+com+borda.jpg" width="320" /></a></div>
<br />
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
Dor
patelofemoral - vale à pena realizar cirurgia?</div>
<a name='more'></a><br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
A
opção cirúrgica chega a ser oferecida a quem tem <b>dor patelofemoral</b>. Mas e os resultados? Será que vale à pena
realizar?</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<o:p><br /></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
Dois
estudos demonstram que realizar <b>cirurgia</b>
(artroscopia) adicionada de um programa de exercícios <b>não traz benefícios extras</b> ao mesmo programa de exercícios
realizado isoladamente. O primeiro desses (1),
realizado por pesquisadores Finlandeses,
incluiu 8 semanas de exercícios domiciliares de fortalecimento de membros
inferiores (coxas, quadris, pernas), sendo que o acompanhamento dos 48
participantes foi de dois anos. O segundo estudo mostrou a reavaliação desses
indivíduos, 5 anos depois (2), mostrando, novamente, não haver benefícios da cirurgia em
relação ao programa de exercícios isoladamente.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEggpLjL6EwYOhWZqk_BB9uuyfggdNquu44B6A5YieCQyoZENkBRtckPPifDA3Aj5xCqrlavAa89SSgX6J6lyXuZSP6LShxEq6aUAx42BvS-Q2nqRoxlNN1Bk6G0guyDiaYOy3EQz7vF7fA/s1600/Dor+Patelofemoral+-+Fisioterapia+x+Cirurgia.png" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1216" data-original-width="1600" height="486" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEggpLjL6EwYOhWZqk_BB9uuyfggdNquu44B6A5YieCQyoZENkBRtckPPifDA3Aj5xCqrlavAa89SSgX6J6lyXuZSP6LShxEq6aUAx42BvS-Q2nqRoxlNN1Bk6G0guyDiaYOy3EQz7vF7fA/s640/Dor+Patelofemoral+-+Fisioterapia+x+Cirurgia.png" width="640" /></a></div>
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
Ou
seja, se alguém lhe oferecer cirurgia para <b>dor
patelofemoral</b>, pense antes no tratamento não-cirúrgico!</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<o:p><br /></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Referências Bibliográficas:</div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<span lang="EN-US">1. Kettunen
JA, Harilainen A, Sandelin J, Schlenzka D, Hietaniemi K, Seitsalo S, et al.
Knee arthroscopy and exercise versus exercise only for chronic patellofemoral
pain syndrome: a randomized controlled trial. BMC Medicine [Internet]. 2007 Dec
[cited 2016 Oct 26];5(1). Available from:
http://bmcmedicine.biomedcentral.com/articles/10.1186/1741-7015-5-38 </span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<br />
<div class="MsoNormal">
<span lang="EN-US">2. Kettunen
JA, Harilainen A, Sandelin J, Schlenzka D, Hietaniemi K, Seitsalo S, et al.
Knee arthroscopy and exercise versus exercise only for chronic patellofemoral
pain syndrome: 5-year follow-up. </span>British Journal of Sports Medicine.
2012 Mar;46(4):243–6.<br />
<br />
<br /></div>
Claudio Mesquitahttp://www.blogger.com/profile/04407601622719979346noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5082403623106042036.post-14422230630066189742017-01-19T22:33:00.000-02:002017-01-19T22:33:54.287-02:00Tendinopatia Patelar - Analgesia em atletas durante a temporada esportiva<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEieV5Y2d9kNsXiQZTU4NGFwlT2S9qSAtgE8C1xf024UZGl09vtMafOeOZladrwwZkPB1v-WrjVqVVm91HAtGO2mo9ZsJCIr7xR95QggsH63Q_ov398TulpBhse5GulWGTA0WREhQLsNaBM/s1600/tendinite+quadr%25C3%25ADceps+-+modelo+com+borda.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEieV5Y2d9kNsXiQZTU4NGFwlT2S9qSAtgE8C1xf024UZGl09vtMafOeOZladrwwZkPB1v-WrjVqVVm91HAtGO2mo9ZsJCIr7xR95QggsH63Q_ov398TulpBhse5GulWGTA0WREhQLsNaBM/s320/tendinite+quadr%25C3%25ADceps+-+modelo+com+borda.jpg" width="262" /></a></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<o:p> </o:p> </div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
Atletas
competitivos estão sujeitos ao desenvolvimento de <b>dores e lesões durante a temporada</b>. Cabe, especialmente ao <b>Fisioterapeuta do Esporte</b> elaborar e
aplicar estratégias para que esses atletas ou retornem o mais rápido possível
aos treinos e competições, ou sequer interrompam os treinos e competições apesar
de, eventualmente, sentirem dor, mesmo dores intensas.</div>
<a name='more'></a><br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
Discutimos,
de forma pouco aprofundada, que o uso de aparelhos de eletroterapia e outros
<a href="http://fisioterapiadoesporte.blogspot.com.br/2016/12/a-analgesia-na-fisioterapia-parte-4.html">poderia ser benéfico em pessoas com dores crônica, incluindo atletas</a>. Isso, porém,
ainda é pouco investigado do ponto de vista científico. Cabe dizer, porém, que
um estudo que analisou os efeitos da <b>Terapia
de Ondas de Choque Extracorpóreas em atletas de voleibol com Tendinopatia Patelar</b>,
durante a temporada de competições, não apresentou resultados bons. Ou seja, a
eletroterapia <b>não foi efetiva</b> em
diminuir a dor ou melhorar a função em relação ao placebo (1). Vale dizer que a
intervenção durou apenas 3 sessões e que se fosse mais duradoura,
eventualmente, poderia ter trazido melhores resultados. Porém, 1 semana
após o final da intervenção, os resultados não foram superiores ao placebo (1).</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
Parece
que intervenções buscando objetivar melhora da dor e da capacidade física em esportistas,
durante a temporada esportiva, vêm sendo investigadas apenas em <b>atletas de volei com tendinopatia patelar</b>.
Felizmente, contrariamente aos resultados do estudo com eletroterapia, outras
intervenções têm demonstrado resultados positivos.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjh4aw9-wNnt1NB3Af7TFSczAjQTHEB2WdNymPxZzqDlxInrK-NBn6nsReAVRrsX4ITGi1iQHy46dBB3KFESG31WglVuOpcbzyGUSfo_TnfhIbBV_paU1QSvwBBu3mrISFKrKVywrVRg2Y/s1600/ombro+-+v%25C3%25B4lei+com+borda.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjh4aw9-wNnt1NB3Af7TFSczAjQTHEB2WdNymPxZzqDlxInrK-NBn6nsReAVRrsX4ITGi1iQHy46dBB3KFESG31WglVuOpcbzyGUSfo_TnfhIbBV_paU1QSvwBBu3mrISFKrKVywrVRg2Y/s320/ombro+-+v%25C3%25B4lei+com+borda.jpg" width="242" /></a></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
atletas de vôlei parecem mais sujeitos</div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
ao desenvolvimento da tendinopatia</div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
patelar</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
Sem
alterar a carga dos treinos ou competições, a realização de exercícios de
fortalecimento isotônicos (com movimento articular) ou isométricos (sem
movimento articular) para joelho parecem trazer <b>diminuição das dores nos atletas de voleibol e basquetebol</b> (2). Os
atletas jogavam ou treinavam, ao menos, três vezes por semana, e a intervenção
com exercícios foi realizada durante 4 semanas, com 4 sessões semanais de
isometria em extensão (cadeira extensora, 5 séries de 45 segundos para cada
perna, ângulo de 60 graus de flexão do joelho) ou de exercícios isotônicos
(cadeira extensora, 4 séries de 8 repetições máximas com cada perna). Houve uma
melhora significativa em ambos os grupos, na reavaliação logo ao final da
intervenção, com uma redução média de 2,3 pontos da dor (de 6,3 para 4) naqueles que
receberam exercícios com movimento, e de 3,5 pontos naqueles que receberam
isometria (5,5 para 2) durante a realização do movimento de agachamento
unipodal em superfície declinada (um teste que vem sendo usado tanto para
diagnóstico como para acompanhamento de atletas com tendinopatia da patela).
Essa diferença não foi considerada significativa do ponto de vista estatístico
e, além disso, ficou faltando um grupo placebo (lembra que falamos dele quando
discutimos <a href="http://fisioterapiadoesporte.blogspot.com.br/2016/11/a-analgesia-na-fisioterapia-parte-1.html">analgesia</a>?) para verificarmos se essas mudanças foram, de fato,
devido ao tratamento (2).</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
Um
outro estudo, porém, observou <b>maiores
efeitos analgésicos do treinamento isométrico em relação aos exercícios com
movimento</b>, imediatamente após sua realização, também em atletas de volei e
basquetebol (3). Essa é uma subanálise do mesmo do artigo discutido acima (2), ou
seja, para alguns atletas houve um acompanhamento da melhoria imediata da dor
em cada sessão de treinamento. A média de melhora após cada sessão de
exercícios foi de 1,8 ponto no grupo que realizou isometria, e de 0,9 ponto no
grupo que realizou exercícios com movimento, sendo isso significativo do ponto
de vista estatístico (3). Ou seja, os <b>exercícios
isométricos parecem promover uma analgesia imediata mais significativa</b> que
os exercícios como movimento. O mecanismo por trás dessa analgesia parece ser
de inibição intracortical (4), processo que ocorre dentro do córtex cerebral.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
E
antes que alguém pergunte, <b>exercícios
excêntricos parecem</b> <b>NÃO serem
benéficos</b> para atletas de vôlei com <b>tendinopatia patelar</b> durante a temporada esportiva (5)!</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
O
ideal seria que houvesse a presença de um <b>grupo
placebo</b> nos estudos que compararam isometria e exercícios com movimento
(2,3) para, de fato, termos uma evidência mais sólida dos benefícios do
exercício durante a temporada esportiva.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
Há
ainda muito o que descobrirmos. E você, <b>qual
sua experiência</b>, como profissional da saúde ou atleta, em relação à <b>diminuição da dor ou melhoria da
incapacidade de atletas</b> durante a temporada de competições? Conte-nos nos comentários ;)</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br />
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span lang="EN-US">Referências Bibliográficas<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span lang="EN-US">1. Zwerver J, Hartgens F, Verhagen
E, van der Worp H, van den Akker-Scheek I, Diercks RL. No effect of
extracorporeal shockwave therapy on patellar tendinopathy in jumping athletes
during the competitive season: a randomized clinical trial. </span>Am J Sports
Med. 2011 Jun;39(6):1191–9. </div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span lang="EN-US">2. van Ark M, Cook JL, Docking SI,
Zwerver J, Gaida JE, van den Akker-Scheek I, et al. Do isometric and isotonic
exercise programs reduce pain in athletes with patellar tendinopathy in-season?
</span>A randomised clinical trial. J Sci Med Sport. 2016 Sep;19(9):702–6. </div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span lang="EN-US">3. Rio E, van Ark M, Docking S,
Moseley GL, Kidgell D, Gaida JE, et al. Isometric Contractions Are More
Analgesic Than Isotonic Contractions for Patellar Tendon Pain: An In-Season
Randomized Clinical Trial. Clin J Sport Med. 2016 Aug 10; </span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
4. <span lang="EN-US">Rio E, Kidgell D, Purdam C, Gaida J,
Moseley GL, Pearce AJ, et al. Isometric exercise induces analgesia and reduces
inhibition in patellar tendinopathy. </span>Br J Sports Med. 2015
Oct;49(19):1277–83.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span lang="EN-US">5. Visnes H, Hoksrud A, Cook J, Bahr
R. No effect of eccentric training on jumper’s knee in volleyball players
during the competitive season: a randomized clinical trial. Clin J Sport Med.
2005 Jul;15(4):227–34. </span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span lang="EN-US"><br /></span>
<span lang="EN-US"><br /></span></div>
Claudio Mesquitahttp://www.blogger.com/profile/04407601622719979346noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5082403623106042036.post-13961145695803924442017-01-10T13:21:00.003-02:002017-01-26T23:16:45.765-02:00Dor Patelofemoral - de onde vem a dor? - parte 2<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgC2vhej-xKE8h34ADhxzEZKIhr_urMhdInJwm5vSpNVz6oFIPFrDZeMpnKKdb3MYe4CcsRbI4tWosu3id5MQ_Lt5e7nyZkqre_f-0JD-0_H-o9etd9AAl5LENjOyqDX2OOmU-0XVuGg9c/s1600/joelho+modelo+-+patela+removida+-+texto+com+borda.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgC2vhej-xKE8h34ADhxzEZKIhr_urMhdInJwm5vSpNVz6oFIPFrDZeMpnKKdb3MYe4CcsRbI4tWosu3id5MQ_Lt5e7nyZkqre_f-0JD-0_H-o9etd9AAl5LENjOyqDX2OOmU-0XVuGg9c/s320/joelho+modelo+-+patela+removida+-+texto+com+borda.JPG" width="243" /></a></div>
<br />
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
Vimos,
no texto anterior, que identificar, com precisão, de onde vem a dor na <b>dor
patelofemoral</b> (a famosa "condromalácia") não é tão simples assim.
Vamos ver um pouco mais sobre a sensibilização central que mencionamos antes.</div>
<a name='more'></a><br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
Um
estudo realizado na Dinamarca observou que <b>mulheres
adolescentes com dor patelofemoral parecem mais sensíveis à dor</b>, mesmo em
regiões distantes ao joelho (1). Um estudo brasileiro também observou o mesmo (mas em
mulheres adultas), porém, adicionou que essa <b>sensibilidade distante do joelho</b> não é afetada por atividades
(subir e descer escadas com peso extra ao corpo) que forcem a articulação (2). Mulheres praticantes de corrida, com
<b>dor patelofemoral</b>, também parecem
apresentar maior sensibilidade em relação a mulheres corredoras sem dor (3). Além disso, aquelas com dor a mais tempo parecem ser as com maior sensibilidade (4). </div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<o:p> </o:p> </div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
Uma
das origens dessa sensibilidade foi analisada por outra pesquisa (4), com
mulheres que tinham <b>dor patelofemoral</b>,
comparadas a quem não tinha dor. Um dos testes teve por objetivo analisar o
funcionamento da Modulação Condicionada da Dor. </div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
A <b>Modulação Condicionada da Dor</b> é uma
manifestação da "analgesia endógena", mecanismos de controle da dor
que o corpo dispõe no qual libera substâncias que inibem certos estímulos
potencialmente dolorosos de chegar ao SNC. Se manifesta através de situações
nas quais um estímulo doloroso prévio diminui a sensação de dor (ou aumenta o
limiar em que a dor é percebida) de um estímulo aplicado em sequência (5). Vale ressaltar
que é esperado, em pessoas saudáveis, que haja essa modulação, e que sua
diminuição costuma estar relacionada a condições de dor, como fibromialgia e
outras (5).</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
No
teste utilizado no estudo (4), um estímulo doloroso é aplicado e, enquanto este
está presente, se observa a resposta de outros estímulos dolorosos. O
raciocínio é basicamente esse. No estudo em questão, a avaliação foi feita
usando manguitos de pressão para gerar dor. O que os pesquisadores observaram é que o limiar de percepção da dor (em que intensidade de pressão a dor começava a ser sentida) e a tolerância a ela foram significativamente maiores nas pessoas
<b>sem</b> <b>dor patelofemoral</b>, o que sugere que as pessoas <b>com</b> <b>dor patelofemoral</b>
apresentam uma <b>menor Modulação
Condicionada da Dor</b>. Isso não quer dizer que todas as mulheres com <b>dor patelofemoral</b> apresentem essa
alteração mas, na média, parece ser isso que acontece. </div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<table border="1" cellpadding="0" cellspacing="0" class="MsoTableGrid" style="border-collapse: collapse; border: none; mso-border-alt: solid black .5pt; mso-border-themecolor: text1; mso-padding-alt: 0cm 5.4pt 0cm 5.4pt; mso-yfti-tbllook: 1184;">
<tbody>
<tr>
<td style="border: solid black 1.0pt; mso-border-alt: solid black .5pt; mso-border-themecolor: text1; mso-border-themecolor: text1; padding: 0cm 5.4pt 0cm 5.4pt; width: 432.2pt;" valign="top" width="576"><div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
Vale dizer que um
outro mecanismo de sensibilização à dor, no caso, a "somação
temporal" (estímulos dolorosos feitos em sequência trazem aumento da dor) não se
demonstrou aumentado em relação ao grupo sem dor patelofemoral (4).</div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
</td>
</tr>
</tbody></table>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
Se
você tem <b>dor patelofemoral</b>, ou se é
um clínico que atende pessoas com <b>dor
patelofemoral</b> (seja do esporte, ortopedia ou reumatologia), saber que existe
esse tipo de sensibilização à dor é importante, pois acrescenta à compreensão
do que, realmente, está acontecendo. Já vimos que <a href="http://fisioterapiadoesporte.blogspot.com.br/2016/12/dor-patelofemoral-de-onde-vem-dor-parte.html">as alterações observadas no exame de imagem têm pouca importância e que são várias as estruturas que podem estar gerando dor</a>, e agora vimos que a dor pode estar tendo outra origem ou
sendo potencializada por outros mecanismos. Não iremos tocar no assunto, por
enquanto, mas <b>existem</b> formas de se
"tratar" essa diminuição da modulação da dor.<b><o:p></o:p></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
Aos <b>leigos e pessoas com dor patelofemoral:</b>
fica a sugestão de <b>não dar tanta atenção
aos exames de imagem e à cartilagem</b>, como vimos anteriormente.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
Aos <b>profissionais:</b> fica a mensagem de que
temos de entender que a dor patelofemoral é mais complexa, e conhecer seus
mecanismos pode <b>nos ajudar a orientar e
tratar melhor nossos pacientes</b>.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<o:p><a href="http://fisioterapiadoesporte.blogspot.com.br/2016/12/dor-patelofemoral-de-onde-vem-dor-parte.html"><<< parte 1</a></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<o:p><br /></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
Referências
Bibliográficas</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span lang="EN-US">1. Rathleff MS, Roos EM, Olesen JL,
Rasmussen S, Arendt-Nielsen L. Lower Mechanical Pressure Pain Thresholds in
Female Adolescents With Patellofemoral Pain Syndrome. Journal of Orthopaedic
& Sports Physical Therapy. 2013 Jun;43(6):414–21. </span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
2. Pazzinatto
MF, de Oliveira Silva D, Barton C, Rathleff MS, Briani RV, de Azevedo FM. <span lang="EN-US">Female Adults with Patellofemoral
Pain Are Characterized by Widespread Hyperalgesia, Which Is Not Affected
Immediately by Patellofemoral Joint Loading. </span>Pain Medicine. 2016
Oct;17(10):1953–61. </div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
3. Pazzinatto
MF, de Oliveira Silva D, Pradela J, Coura MB, Barton C, de Azevedo FM. <span lang="EN-US">Local and widespread hyperalgesia in
female runners with patellofemoral pain are influenced by running volume.
Journal of Science and Medicine in Sport [Internet]. 2016 Nov [cited 2016 Nov
23]; Available from: http://linkinghub.elsevier.com/retrieve/pii/S1440244016302043 </span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span lang="EN-US">4. Rathleff MS, Petersen KK,
Arendt-Nielsen L, Thorborg K, Graven-Nielsen T. Impaired Conditioned Pain
Modulation in Young Female Adults with Long-Standing Patellofemoral Pain: A
Single Blinded Cross-Sectional Study. Pain Medicine. 2015 Dec 14;pnv017. </span></div>
<span lang="EN-US" style="text-align: justify;">5. Nir R-R, Yarnitsky D. Conditioned
pain modulation: Current Opinion in Supportive and Palliative Care. 2015
Jun;9(2):131–7. </span><br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br />
<br /></div>
Claudio Mesquitahttp://www.blogger.com/profile/04407601622719979346noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5082403623106042036.post-87529271049351787742016-12-29T13:09:00.001-02:002017-01-24T12:55:29.523-02:00Dor Patelofemoral - de onde vem a dor? - parte 1<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhOxSxhyphenhyphenPwuLSXXnS78vM8XA0PqXYvS1RL5HA82M07OF8ajWqW0aAtoFZJtLBIhWYdzkmwIEtJP3vfdA5-PLHdaWWC-m1e51vFeerH0sgakiFpi7MfVv42_exHaLbNSCR0eBESQxP3Ngxs/s1600/joelho+modelo+-+patela+removida+-+texto+com+borda.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhOxSxhyphenhyphenPwuLSXXnS78vM8XA0PqXYvS1RL5HA82M07OF8ajWqW0aAtoFZJtLBIhWYdzkmwIEtJP3vfdA5-PLHdaWWC-m1e51vFeerH0sgakiFpi7MfVv42_exHaLbNSCR0eBESQxP3Ngxs/s320/joelho+modelo+-+patela+removida+-+texto+com+borda.JPG" width="243" /></a></div>
<br />
<br />
Uma
pergunta para a qual não se tem uma resposta e que, na verdade, pode ter várias
respostas: na <b>Dor Patelofemoral</b>
(erroneamente chamada de condromalácia patelar), de onde vem a dor?</div>
<a name='more'></a><br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<b><span style="font-size: 20.0pt; line-height: 115%;">O que gera dor dentro do joelho?<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
Você
seria capaz de se submeter a um <b>procedimento
cirúrgico</b>, em consciência, no qual seu joelho seria "aberto" e as
estruturas dele seriam estimuladas para se descobrir de onde vem a dor?</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
Pois
bem, o cientista Scott Dye se submeteu a isso (1). Ele mesmo apresentava <b><a href="https://fisioterapiadoesporte.blogspot.com.br/2016/10/quais-sao-os-graus-de-condromalacia.html">grau 2 a 3 de condropatia (na patela)</a></b>,
sem sintomas.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
Basicamente,
apenas com <b>anestesia local</b>, foi
feita uma artroscopia, na qual as estruturas eram pressionadas e ele relatava a
intensidade e o tipo de dor sentida. </div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
Em
relação à <b>classificação</b> utilizada,
graduaram de 0 a 4 o que era sentido. Em 0, nada era sentido. Em relação aos
outros valores:</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
1=consciência
não-dolorosa;</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
2=desconforto
leve;</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
3=desconforto
moderado;</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
4=dor
intensa.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
Essa
classificação era subclassificada em:</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
A=localização
espacial precisa;</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
B=sensação
imprecisa.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
A <b>cartilagem articular da patela</b>, nas
regiões medial e lateral apresentou nível 0, na parte inferior ("odd
facet"), apresentou nível 1B. </div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
A <b>cartilagem do fêmur e da tíbia</b> (tróclea
femoral, côndilos femorais ou platôs tibiais) apresentou sensação de 1B a 2B.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
Estruturas
ao redor da patela, como a <b>bursa
suprapatelar, os retináculos medial e lateral e a cápsula articular</b> geraram
sensação de 3A a 4A. A <b>gordura de Hoffa</b>
e a <b>membrana articular</b> geraram sensação
4A.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
Os <b>ligamentos cruzados anterior e posterior</b>
apresentaram sensações de 1B a 4B. Os <b>meniscos</b>
apresentaram sensações de 1B a 3B, sendo as maiores intensidades nas bordas
externas.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
O
que isso nos mostra? Que diversas são as estruturas do joelho que podem gerar
dor e incômodo. Porém, o máximo que as <b>cartilagens</b>
(da patela, fêmur ou tíbia) apresentaram foi a sensação de <b>desconforto impreciso leve</b>. Outras estruturas, como a <b>gordura de Hoffa, a bursa suprapatelar e os
retináculos</b> apresentaram sensações bem mais intensas.<br />
<br />
Pra quem quiser ver uma ilustração esquematizando esses achados, <a href="http://www.kneeexpert.com/articles/Neuromap%20page%203.htm">acesse o site do próprio autor</a> do autor principal desse estudo.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
Se
formos considerar as estruturas que geraram dor nesse experimento, considerando
os sintomas clínicos da <b>dor
patelofemoral</b>, seria muito mais plausível assumirmos que a <b>dor</b> está se originando de estruturas
como as últimas mencionadas do que da <b>cartilagem</b>.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<b><span style="font-size: 20.0pt; line-height: 115%;">A Ressonância Magnética e a Dor Patelofemoral<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
Um
dos exames que mais vemos sendo recomendados para indivíduos com <b>dor patelofemoral</b> é a ressonância
magnética. Será que ela nos ajuda a distinguir a origem da dor?</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
Já
vimos que<a href="http://fisioterapiadoesporte.blogspot.com.br/2016/10/exames-de-imagem-atletas-sem-sintomas.html"> atletas sem sintomas têm alterações nos exames de imagem</a>. Esses
estudos, porém, não eram específicos da <b>articulação
patelofemoral</b>. Num estudo que comparou as alterações do joelho de
indivíduos com <b>dor patelofemoral</b>,
comparando-as com indivíduos sem dor, através do exame da ressonância, não se
observou diferença entre ter alterações e ter ou não ter a dor (2). De fato, mesmo alterações da <b>gordura de Hoffa</b> não foram diferentes
entre os grupos. Se a relação entre alteração das estruturas, conforme a
ressonância mostra, e a <b>dor
patelofemoral</b> fosse realmente importante, deveria não apenas ter havido uma
diferença entre os grupos, como as pessoas com alteração deveriam ter dor. Uma
outra análise feita com esse mesmo grupo de indivíduos mostrou, inclusive, que a
<b>composição da cartilagem da patela
parece não ter ser diferente</b> entre aqueles com e sem <b>dor patelofemoral</b> (3). Um outro estudo mostrou que a intensidade da
dor <b>não tem relação</b> com a
intensidade das alterações da cartilagem (4).</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<b><span style="font-size: 20.0pt; line-height: 115%;">O grande segredo da cartilagem<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
A <b>cartilagem não é inervada</b> (5). Não
sendo inervada, não há como ser fonte de dor.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<b><span style="font-size: 20.0pt; line-height: 115%;">Então de onde vem a dor?<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
Não
sabemos ao certo, mas existem vários aspectos a serem considerados. Diversas
estruturas do joelho têm o potencial de gerar dor (6), como citamos
anteriormente. Usualmente a dor é sentida a partir de um estímulo dessas
estruturas, estímulo esse que chega ao cérebro e, então, é interpretado como
sendo dor (esse é um processo bem complexo, não é nossa intenção destrinchá-lo
aqui nesse texto). Porém, existem situações em que a dor sentida passa a ser
excessiva perante o estímulo fornecido, nessas situações pode-se ter o que se
chama de <b>sensibilização central</b> (7)
que, basicamente, significa que há uma maior predisposição em sentir dor. Não vamos nos focar nesse aspecto da
sensibilização central agora (iremos mais à frente). Vamos voltar a falar de
estruturas que podem estar gerando a dor.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
Falamos
de várias delas quando mencionamos o experimento realizado no joelho, no início
do texto. Uma das que não falamos que é, possivelmente, uma estrutura que pode
estar gerando (ou contribuindo) com a dor na <b>dor patelofemoral</b> é o osso.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
O
osso é bastante inervado (5) e, dessa forma, pode gerar dor. Sua compressão,
durante os movimentos de dobrar ou esticar o joelho, poderia estar gerando a
dor. Existem evidências, baseadas em exames como cintilografia óssea, que estão
sugerindo que o aumento da atividade metabólica do osso está relacionado com a
presença de dor em indivíduos com dor patelofemoral (8, 9, 10).</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
Ou
seja, o <b>osso</b> é outra possibilidade.
Mas, além de não ser possível confirmá-lo como sendo a origem das dores.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
Como
podemos ver, não é uma pergunta que se responde de forma precisa. O "não sei
a origem da dor" é a resposta mais exata que temos no momento. Embora o <b>osso da patela e os outros tecidos redor
dela</b>, possam responder a essa pergunta, ainda assim responderia apenas
parcialmente, pois existem situações, em indivíduos caracterizados como tendo <b>dor patelofemoral</b>, onde há um aumento
da sensibilidade à dor. E é sobre isso que vamos falar no próximo artigo. </div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<a href="http://fisioterapiadoesporte.blogspot.com.br/2017/01/dor-patelofemoral-de-onde-vem-dor-parte.html">parte 2>>></a></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<o:p><br /></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
Referências
Bibliográficas</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span lang="EN-US">1. Dye SF, Vaupel GL, Dye CC.
Conscious neurosensory mapping of the internal structures of the human knee
without intraarticular anesthesia. </span>Am J Sports Med. 1998
Dec;26(6):773–7. </div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span lang="EN-US">2. van der Heijden RA, de Kanter
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Patellofemoral Pain: A Cross-sectional Case-Control Study. </span>The American
Journal of Sports Medicine. 2016 Sep 1;44(9):2339–46. <span lang="EN-US">2. </span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span lang="EN-US">3. van der Heijden RA, Oei EHG, Bron
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Quantitative Magnetic Resonance Imaging in Patellofemoral Cartilage Composition
Between Patients With Patellofemoral Pain and Healthy Controls. </span>The
American Journal of Sports Medicine. 2016 May 1;44(5):1172–8. </div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span lang="EN-US">4. Pihlajamäki HK, Kuikka P-I,
Leppänen V-V, Kiuru MJ, Mattila VM. Reliability of Clinical Findings and Magnetic
Resonance Imaging for the Diagnosis of Chondromalacia Patellae: The Journal of
Bone and Joint Surgery-American Volume. </span>2010 Apr;92(4):927–34. </div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
5. Junqueira
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<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
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<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
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neuroscience in clinical practice: criteria for the classification of central
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<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
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<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span lang="EN-US">9. Draper CE, Fredericson M, Gold
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exhibit elevated bone metabolic activity at the patellofemoral joint. Journal
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<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span lang="EN-US">10. Ro DH,
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<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
Claudio Mesquitahttp://www.blogger.com/profile/04407601622719979346noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5082403623106042036.post-29243848012546575542016-12-21T23:22:00.001-02:002017-11-10T14:58:56.936-02:00Corrida - quais as lesões mais frequentes?<br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgD3oeDtBXmlc1go84DZjlu07PQ46oAAHo9w7aKZv5Nx_lD7IdUbSQp89YqVmC1oX975roDujy_vv163o-UVhvXzocM3Q6WbNIqNqIcVWH7pmOXhUIte-hFbmwyoqSY7zQT83psXR8zBXU/s1600/corrida+de+rua2+com+borda.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="243" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgD3oeDtBXmlc1go84DZjlu07PQ46oAAHo9w7aKZv5Nx_lD7IdUbSQp89YqVmC1oX975roDujy_vv163o-UVhvXzocM3Q6WbNIqNqIcVWH7pmOXhUIte-hFbmwyoqSY7zQT83psXR8zBXU/s320/corrida+de+rua2+com+borda.jpg" width="320" /></a></div>
<br />
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
Quais são as lesões mais frequentes em <b>corredores</b>?</div>
<a name='more'></a><br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
Visando responder a essa pergunta, um grupo de pesquisadores brasileiros (1) analisou os estudos científicos que estudaram esse tema, e chegaram as seguintes observações: no período de um ano, as lesões desenvolvidas com maior frequência foram (em ordem de importância):</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
.<b>síndrome do stress tibial medial</b> <b>(a canelite medial)</b>; </div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
.<b>tendinopatia de aquiles;</b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<b>.fasciíte plantar</b>;</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
.<b>tendinopatia patelar;<o:p></o:p></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<b>.entorse de tornozelo;<o:p></o:p></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<b>.síndrome da banda íliotibial</b>.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<o:p><br /></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
Quando analisamos, focadamente, as <b>ultramaratonas</b>, a prevalência (frequência de indivíduos com a lesão após uma prova - quer tenham ou não iniciado a prova com a lesão) das lesões foi (também em ordem de importância):</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
.<b>tendinopatia de aquiles;<o:p></o:p></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
.<b>dor patelofemoral.</b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
.<b>tendinopatia dos dorsiflexores de tornozelo;<o:p></o:p></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<b>.tendinopatia patelar;<o:p></o:p></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<b>.síndrome do stress tibial media (canelite medial)</b>;</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
.<b>lesões do quadríceps (músculo anterior da coxa)</b>.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<o:p><br /></o:p>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhC3XFs_-kSM2_YuQPL9hW78g-TdaX-nvE67d3DFlaYxedF34kfErwUipTXlfTrZArH3HO4M9RsEEgJUBMC2oMwWXMTMlHOiEHNBnREVq_9aRbfVg6f6feNREIZIS9jig3yuq6jjvEpOAU/s1600/Les%25C3%25B5es+mais+comuns+na+corrida+++.png" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1216" data-original-width="1600" height="484" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhC3XFs_-kSM2_YuQPL9hW78g-TdaX-nvE67d3DFlaYxedF34kfErwUipTXlfTrZArH3HO4M9RsEEgJUBMC2oMwWXMTMlHOiEHNBnREVq_9aRbfVg6f6feNREIZIS9jig3yuq6jjvEpOAU/s640/Les%25C3%25B5es+mais+comuns+na+corrida+++.png" width="640" /></a></div>
<o:p><br /></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
Os <b>profissionais</b> que trabalham com corredores devem estar atentos a meios de tratar e prevenir essas <b>lesões mais comuns</b>, de forma a proporcionarem um trabalho especializado de maior qualidade.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<o:p><br /></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
E vocês <b>atletas</b>, procurem se informar a respeito dessas lesões, pois dentro da modalidade que vocês escolheram essas são as lesões mais comuns. Saber as melhores estratégias para evitá-las pode ajudar sua <b>prática</b> a permanecer contínua e confortável. Conversem com os profissionais da saúde e estejam acompanhados de professores <b>competentes</b> que lhes orientem adequadamente. Aproveitem também e leiam nosso breve texto de <a href="http://fisioterapiadoesporte.blogspot.com.br/2016/09/comoprevenirlesoesesportivas.html">como prevenir lesões no esporte</a>.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<o:p><br /></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
E boa corrida a todos!</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<o:p><br /></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<o:p><br /></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<o:p>Referências Bibliográficas: </o:p></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
1- Lopes AD, Hespanhol Júnior LC, Yeung SS, Costa LOP. <span lang="EN-US">What are the main running-related musculoskeletal injuries? </span>A Systematic Review. Sports Med. 2012 Oct 1;42(10):891–905.<br />
<br /></div>
Claudio Mesquitahttp://www.blogger.com/profile/04407601622719979346noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5082403623106042036.post-92034702436757159412016-12-21T10:30:00.001-02:002017-11-07T17:36:53.176-02:00Ombro - Fisioterapia x Cirurgia<br />
<br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
Muito bem, no artigo anterior (<a href="http://fisioterapiadoesporte.blogspot.com.br/2016/12/ombro-voce-pensa-em-fazer-cirurgia.html">aqui</a>) ficamos com a pergunta "<b>o que a Fisioterapia pode fazer por pessoas com dores no ombro</b> (que pensam em fazer cirurgia)?".<br />
<a name='more'></a></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<o:p><br /></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
Vamos, agora, à(s) resposta(s).</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<o:p><br /></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<o:p><br /></o:p>
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEilQECHfuXO2U0bVfOqw1VN5mq4zbBHX16pvrmNIgDHWvylhJE4VfNfYpNAfEKqmQCAIUthrjn2qyandf13zd6yZEbPH38VS6BJhkd7ePCDEHuF57Z_VXRhaowWkFAT7AcGgZzyFfM4e20/s1600/ombro+impacto+com+borda.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="316" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEilQECHfuXO2U0bVfOqw1VN5mq4zbBHX16pvrmNIgDHWvylhJE4VfNfYpNAfEKqmQCAIUthrjn2qyandf13zd6yZEbPH38VS6BJhkd7ePCDEHuF57Z_VXRhaowWkFAT7AcGgZzyFfM4e20/s320/ombro+impacto+com+borda.jpg" width="320" /></a></div>
<o:p><br /></o:p><o:p><br /></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<b><span style="font-size: 16pt; line-height: 24.5333px;">Síndrome do Impacto do Ombro<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<div class="MsoNormal">
Em
relação à <b>Dor Subacromial</b>,
conhecida, usualmente, como <b>Síndrome do
Impacto do Ombro</b> (o que, muitas vezes, irá incluir também as
"Tendinites do Manguito") o que vamos ver é que não há justificativa
para se escolher a cirurgia em relação à Fisioterapia. Vamos acompanhando.</div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Um
estudo realizado em 2009 (1) estudou 140 indivíduos com dores de ombro (e,
supostamente, grau 2 de síndrome do impacto), dividindo-os em dois grupos, um
que recebeu cirurgia (no caso, a acromioplastia, cirurgia que visa
"corrigir" a "alteração do osso" que favoreceria o
"impacto", ou seja, a compressão excessiva do tendão do músculo
supraespinhal), seguida de tratamento pós-cirúrgico, e outro que recebeu
tratamento com um programa de exercícios. Os resultados mostraram que, mesmo
após 24 meses da cirurgia, <b>não houve
diferença de melhora entre a cirurgia e o programa de exercícios, sendo que o
custo total do tratamento cirúrgico foi bem maior</b>. Os autores concluíram
dizendo que "o tratamento com exercícios deve ser a base para o tratamento
da síndrome do impacto, e o tratamento cirúrgico deve ser oferecido
judiciosamente até que seu valor venha a ser provado". Os resultados 5
anos após os tratamentos (2) mostraram <b>não
haver diferença entre quem operou e quem não operou</b>, fortalecendo a
conclusão anterior. Além disso, não parecem haver perfis específicos de
indivíduos que se beneficiem mais da cirurgia e, numa conclusão pessimista,
aqueles que não se beneficiaram dos exercícios provavelmente não se
beneficiarão de uma cirurgia posterior (3).</div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Com
um perfil similar de indivíduos (pacientes com nível 2 de síndrome do impacto),
um estudo publicado em 1993 também comparou tratamento cirúrgico com tratamento
feito com exercícios (4). Os resultados <b>não
mostraram diferenças entre os grupos</b>, ambos sendo superiores a placebo (o
que é bom!). E, similarmente ao que já foi apresentado, o tratamento cirúrgico
foi mais caro. Outro estudo comparativo entre cirurgia e Fisioterapia (5) também
mostrou <b>resultados similares</b> entre
os grupos.</div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Numa
outra pesquisa, o que se observou é que os indivíduos com dor a mais de 6 meses
que realizaram exercícios específicos para suas dores <b>se preveniram contra a realização de cirurgia</b>, ao serem comparados
com um grupo de indivíduos que realizou exercícios genéricos (6, 7). De fato,
apenas 20% dos que realizaram exercícios específicos optaram por cirurgia, em
comparação a 63% daqueles que realizaram exercícios genéricos, no
acompanhamento feito 1 ano após o início do estudo.</div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<br />
<div class="MsoNormal">
Tudo
isso é corroborado por uma revisão sistemática (estudo que agrega as
informações de vários estudos para dar uma informação ainda mais consistente),
mostrando que a <b>cirurgia não se mostra
superior a exercícios estruturados, além de ser mais cara</b> (8).</div>
</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<o:p><br /></o:p>
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjC5aLCao0pH-mlwg11n88C9SudRleLavGo1T3TvLj6lGeAsO2TuYlZd-WpZRdDvLVLnMNHVz6p2KprjtZOXx42vRvbJfcOrAf-vcoYNVP7HfxhkM1R36J0xNwXPeMtGbeyoZ5CNE5pFF4/s1600/Ombro+-+Fisioterapia+x+Cirurgia.png" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="720" data-original-width="960" height="480" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjC5aLCao0pH-mlwg11n88C9SudRleLavGo1T3TvLj6lGeAsO2TuYlZd-WpZRdDvLVLnMNHVz6p2KprjtZOXx42vRvbJfcOrAf-vcoYNVP7HfxhkM1R36J0xNwXPeMtGbeyoZ5CNE5pFF4/s640/Ombro+-+Fisioterapia+x+Cirurgia.png" width="640" /></a></div>
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<b><span style="font-size: 16pt; line-height: 24.5333px;">Ruptura do Manguito Rotador<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<div class="MsoNormal">
Dois
estudos mostram, em relação à ruptura do manguito rotador, vantagens na
realização do procedimento cirúrgico. Vamos a eles primeiro, depois iremos
mostrar os estudos que mostram não haver vantagens.</div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Um
desses estudos foi realizado na Noruega, acompanhando 103 pacientes com <b>rupturas não maiores que 3 cm</b>, que
realizaram a cirurgia de reparo do tendão ou Fisioterapia, acompanhando-os por
5 anos (9). Os resultados mostraram não haver diferenças importantes entre os
grupos, mas naqueles que não operaram houve aumento da ruptura em cerca de 37%
dos casos. O outro estudo (10), realizado com 56 pacientes com <b>ruptura total</b>, mostrou <b>melhores resultados naqueles que realizaram
cirurgia</b>, inclusive em relação à dor, mesmo 1 ano após a operação.</div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Outros
estudos apresentam resultados diferentes, sugerindo que a cirurgia não é
superior. Um deles (11) acompanhou 180 "ombros" (uma pessoa poderia
ter os dois ombros envolvidos) com ruptura do manguito (supraespinhal) de
pessoas com 55 anos de idade ou mais, dividindo-os em três grupos, sendo dois
destes cirúrgicos (seguidos de Fisioterapia pós-operatória) e um de tratamento
conservador. Um ano após o início do estudo, os <b>resultados foram similares entre os três grupos</b>. Dois anos após os
resultados também não foram observadas diferenças significativas entre os
grupos (12), sendo que os autores sugerem que o <b>tratamento não-cirúrgico é a primeira opção</b> no caso de rupturas do
manguito. O <b>tratamento não-cirúrgico</b>
foi efetivo em evitar a cirurgia em 75% de mais de 400 pacientes com ruptura
total do manguito, num estudo realizado nos Estados Unidos (13) ao longo de 2
anos.</div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<br />
<div class="MsoNormal">
As
revisões sistemáticas relacionadas às rupturas do manguito, devido à falta de
diferenças significativas entre quem opera e quem realiza tratamento não
cirúrgico, menores riscos de efeitos adversos e menores custos, sugerem que o <b>tratamento não-cirúrgico seja a primeira
opção de tratamento</b> (14), possivelmente optando-se por <b>cirurgia</b> caso se observe diminuição da força e da capacidade
funcional posteriormente (15). </div>
</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<o:p><br /></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<o:p><br /></o:p></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgXzZEoKPvqxbyg77rhvIrwiYhPcJvqQ5E3v8Fh-FC3RmOZMs6rAbudXsmy6GgtqaQ51WrEpttcsTGwpxiDHoTV8mi5slBeaLkffhux3wqBFMGiyd7sWrdebE_FUgpW8riJOXxTrg-hGiE/s1600/Glen%25C3%25B3ide+com+borda.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="178" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgXzZEoKPvqxbyg77rhvIrwiYhPcJvqQ5E3v8Fh-FC3RmOZMs6rAbudXsmy6GgtqaQ51WrEpttcsTGwpxiDHoTV8mi5slBeaLkffhux3wqBFMGiyd7sWrdebE_FUgpW8riJOXxTrg-hGiE/s320/Glen%25C3%25B3ide+com+borda.jpg" width="320" /></a></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
visão lateral da cavidade glenóide (escápula).</div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
A lesão SLAP, via de regra, ocorre devido</div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
à tração do tendão do bíceps no</div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
lábio glenoidal</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<o:p><br /></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<b><span style="font-size: 16pt; line-height: 24.5333px;">Lesão SLAP<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<div class="MsoNormal">
Temos
apenas um estudo comparando a recuperação de indivíduos com <b>lesão SLAP</b> submetidos a cirurgia ou ao
tratamento não cirúrgico. Foi feito em atletas de baseball e demonstrou um <b>retorno à prática esportiva similar</b>
entre ambos os grupos de indivíduos (16). </div>
</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<o:p><br /></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<o:p><br /></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<b><span style="font-size: 20pt; line-height: 30.6667px;">Considerações Finais<o:p></o:p></span></b></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
Se considerarmos o que os estudos científicos vêm nos mostrando, para esses 3 "diagnósticos comuns" de lesões de ombro (síndrome do impacto, ruptura do manguito e lesão slap), <b>o tratamento não-cirúrgico é sempre a primeira opção</b>. Não obtendo resultados satisfatórios com ele, seja em atletas ou não-atletas, aí pode-se, então, pensar-se na opção cirúrgica.<br />
<br />
<br />
<br /></div>
Claudio Mesquitahttp://www.blogger.com/profile/04407601622719979346noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5082403623106042036.post-31801041277274537352016-12-21T10:28:00.000-02:002016-12-22T10:20:15.957-02:00Ombro - você pensa em fazer cirurgia?<br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhoPuImrNdj5nv97G53X8_8Jd8nwidcNQp_0nMgxlx3LLy5vbjlp3r1hzipZjkbBuVgy_hYUEhxSuiC-6NYLSP9n8MFTwVdYPcEBnBU-bgkkqhIMWz_a-XyE2o1zo1rEL72C9_WD2XekYE/s1600/ombro+impacto+com+borda.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="316" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhoPuImrNdj5nv97G53X8_8Jd8nwidcNQp_0nMgxlx3LLy5vbjlp3r1hzipZjkbBuVgy_hYUEhxSuiC-6NYLSP9n8MFTwVdYPcEBnBU-bgkkqhIMWz_a-XyE2o1zo1rEL72C9_WD2XekYE/s320/ombro+impacto+com+borda.jpg" width="320" /></a></div>
<br />
<br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
Você tem alguma dor ou lesão no <b>ombro</b> e está pensando em fazer cirurgia? Caso a resposta seja sim, tente responder a seguinte questão antes de ver o resto deste texto: porque você está optando pela cirurgia e não pelo tratamento com a <b>Fisioterapia</b>?</div>
<a name='more'></a><br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
Um estudo realizado pela Universidade de Wisconsin, nos Estados Unidos, acompanhou indivíduos com ruptura dos tendões do ombro (<b>ruptura total do manguito rotador</b>), avaliando-os no início do estudo em diversos aspectos clínicos, aspectos da lesão em si e outros. Seu objetivo era verificar os preditores de falha do tratamento conservador e, portanto, indicativos de cirurgia.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<o:p><br /></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
O principal fator indicativo de cirurgia foi a <b>expectativa de falha do tratamento</b> com Fisioterapia. Ou seja, não foi o tamanho da lesão e não foram os sintomas, mas apenas o que os indivíduos pensavam que a Fisioterapia ia conseguir fazer por eles, antes de a realizarem.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<o:p><br /></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
Dessa forma, o que a <b>Fisioterapia</b> pode fazer por pessoas com dores no ombro que pensam em realizara cirurgia?</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<o:p><br /></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
Veremos a resposta a essa pergunta no próximo artigo, no qual comparamos os <a href="http://fisioterapiadoesporte.blogspot.com.br/2016/12/ombro-fisioterapia-x-cirurgia.html">resultados da cirurgia com os da Fisioterapia</a>. </div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<o:p><br /></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span lang="EN-US">Referências Bibliográficas:<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span lang="EN-US"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span lang="EN-US">1. Dunn WR, Kuhn JE, Sanders R, An Q, Baumgarten KM, Bishop JY, et al. 2013 Neer Award: predictors of failure of nonoperative treatment of chronic, symptomatic, full-thickness rotator cuff tears. Journal of Shoulder and Elbow Surgery. 2016 Aug;25(8):1303–11. </span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
</div>
<br />
<div style="-webkit-text-stroke-width: 0px; color: black; font-family: "Times New Roman"; font-size: medium; font-style: normal; font-variant-caps: normal; font-variant-ligatures: normal; font-weight: normal; letter-spacing: normal; margin: 0px; orphans: 2; text-align: start; text-indent: 0px; text-transform: none; white-space: normal; widows: 2; word-spacing: 0px;">
<br /></div>
Claudio Mesquitahttp://www.blogger.com/profile/04407601622719979346noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5082403623106042036.post-2233445885080277472016-12-16T22:14:00.000-02:002016-12-16T22:39:45.664-02:00A analgesia na Fisioterapia - parte 4 - Considerações Finais<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhjcKXI5hKuAJiRTIUOu9tjr63w2yJc3FGHuPKSOtjCu6qO-xt-3KQHHq-BPxwX8Oo2DOs5Lqk_0H2qspyX73Fr9nWDM4Q7RCzPQHGYDeDDlFtNUMJRh6bVzR7_Puex6EagKkQlMcFw2-4/s1600/analgesia+c+borda+420x287.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="218" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhjcKXI5hKuAJiRTIUOu9tjr63w2yJc3FGHuPKSOtjCu6qO-xt-3KQHHq-BPxwX8Oo2DOs5Lqk_0H2qspyX73Fr9nWDM4Q7RCzPQHGYDeDDlFtNUMJRh6bVzR7_Puex6EagKkQlMcFw2-4/s320/analgesia+c+borda+420x287.jpg" width="320" /></a></div>
<br />
<br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
E
vamos às considerações finais.<br />
<br />
<a name='more'></a><br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<b><span style="font-size: 16.0pt; line-height: 115%;">Analgesia<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
Dentre,
praticamente, todos os artigos que vimos nesses últimos textos, praticamente
nenhum se enquadrou no modelo de tratamento da <b>"analgesia"</b>.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
Ou
seja, se alguém lhe disser que você deve fazer "analgesia" para que
suas dores melhorem e, só depois, começar com exercícios ou outras atividades,
saiba que <b>não há fundamentação
científica nenhuma nessa orientação</b>. </div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br />
<div class="MsoNormal">
<b>ENFATIZAMOS COM DESTAQUE</b>: o que
provavelmente ocorrerá, se você realizar esse tipo de conduta, é que a <b>melhoria</b>
que você obtiver - que lhe, eventualmente, "permitir" a <b>realização de exercícios</b> - muito provavelmente <a href="http://fisioterapiadoesporte.blogspot.com.br/2016/11/a-analgesia-na-fisioterapia-parte-1.html">será devido à própria história natural e efeitos inespecíficos, como discutimos anteriormente</a>.</div>
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<b><span style="font-size: 16.0pt; line-height: 115%;">Efeitos Temporários<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
Por
outro lado, isso não quer dizer que os aparelhos comumente utilizados para
"analgesia" não possam ter efeito analgésico. Especialmente o TENS e
o Laser parecem promover esse tipo de efeito. No caso, <b>um efeito temporário</b>, que não se mantém após o uso. Esse tipo de
benefício, embora clinicamente (no geral) menos importante, <b>pode</b> ser importante para certos perfis
de indivíduos.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
Como
exemplo, para certos pacientes com <b>dor
crônica</b> obter alívio temporário das dores pode ser uma grande coisa,
difícil até de imaginar para quem não está sentindo a dor. Ou seja, não dá pra
desconsiderar totalmente um recurso somente por não trazer benefícios
duradouros. Em <b>atletas de alto
rendimento</b>, freqüentemente com dores, o possível benefício de efeitos
temporários também não pode ser descartado, especialmente se for possível o uso
dos aparelhos ao longo do tempo.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
Por
outro lado, ainda em relação aos efeito temporários, por mais que pareçam serem
benéficos (há a diminuição da dor) eles <b>podem
ser prejudiciais</b>.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
Em
primeiro lugar, ao diminuir a dor (temporariamente) eles podem estar <b>camuflando os resultados reais do
tratamento</b>. Ou seja, dão a impressão de uma melhora, quando essa melhora
não está acontecendo.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
Em
segundo lugar, eles fazem com que os <b>efeitos
reais sejam, erroneamente, atribuídos aos aparelhos</b>. Sejam efeitos oriundos
de outras condutas, sejam efeitos inespecíficos do tratamento, como já
mencionamos anteriormente.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<b><span style="font-size: 16.0pt; line-height: 115%;">Efeitos Duradouros<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
Quando
falamos em benefícios duradouros, o único que, possivelmente, pode trazê-los
(ênfase no pode) em certas circunstâncias, é o <b>Laser Terapêutico</b>.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
Ainda
assim, são questionáveis. Parece existir uma tendência de que publicações
científicas que não trouxeram resultados positivos (ie tratamentos que não
tiveram efeito) não sejam publicadas. Isso se daria, especialmente, por parte
de quem têm interesse em mostrar resultados. Se após todos esses anos de uso,
marketing e venda de aparelhos como os mencionados ainda <b>não se conseguiu mostrar</b>, com clareza, <b>resultados clínicos efetivos</b>, a balança da probabilidade de sua
efetividade pende para o lado negativo.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<b><span style="font-size: 16.0pt; line-height: 115%;">O que fazer?<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
Os <b>não profissionais</b>, pacientes e/ou
leigos devem ter consciência da <b>INEXISTÊNCIA</b>
de fundamentação do tratamento de "analgesia" e da limitada utilidade
clínica dos aparelhos.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
Os <b>profissionais</b> devem saber, com base nas
evidências científicas e na pessoa a quem estão atendendo, escolher
adequadamente as condutas a serem utilizadas, incluindo ou não o uso dos
aparelhos.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
Salienta-se,
porém, que o uso de recursos <b>sem
efetividade clínica</b> deve ser transmitido com transparência a quem está
pagando por seu uso. </div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<b>É FUNDAMENTAL QUE TANTO TERAPEUTAS COMO
PACIENTES TENHAM CONSCIÊNCIA DISSO!<o:p></o:p></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<b><br /></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<b><span style="font-size: 16.0pt; line-height: 115%;">Outras considerações<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
Alguns
poderão criticar dizendo que deixamos de comentar sobre <b>outros aparelhos</b> como Corrente Interferencial, Ondas Curtas,
Micro-Ondas e outros. De fato não o fizemos. Mas a crítica a seu uso parece
também ser válida. Se pesquisarmos tais aparelhos muito provavelmente
observaremos que também não há evidência forte de sua efetividade.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
Esperamos
que essa série de artigos tenha, de alguma forma, lhe trazido algum <b>benefício</b>.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
Evidentemente
que essas são <b>opiniões</b>. Fique á vontade
para discutir e discordar (sempre com respeito a todos) nos comentários!<br />
<br />
<a href="http://fisioterapiadoesporte.blogspot.com.br/2016/12/a-analgesia-na-fisioterapia-parte-3-o.html"><<< parte 3 - o Laser Terapêutico</a><br />
<br /></div>
Claudio Mesquitahttp://www.blogger.com/profile/04407601622719979346noreply@blogger.com3tag:blogger.com,1999:blog-5082403623106042036.post-68913722577028831662016-12-15T18:41:00.000-02:002016-12-16T22:16:07.340-02:00A analgesia na Fisioterapia - parte 3 - o Laser Terapêutico<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhjcKXI5hKuAJiRTIUOu9tjr63w2yJc3FGHuPKSOtjCu6qO-xt-3KQHHq-BPxwX8Oo2DOs5Lqk_0H2qspyX73Fr9nWDM4Q7RCzPQHGYDeDDlFtNUMJRh6bVzR7_Puex6EagKkQlMcFw2-4/s1600/analgesia+c+borda+420x287.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="218" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhjcKXI5hKuAJiRTIUOu9tjr63w2yJc3FGHuPKSOtjCu6qO-xt-3KQHHq-BPxwX8Oo2DOs5Lqk_0H2qspyX73Fr9nWDM4Q7RCzPQHGYDeDDlFtNUMJRh6bVzR7_Puex6EagKkQlMcFw2-4/s320/analgesia+c+borda+420x287.jpg" width="320" /></a></div>
<br />
<br />
<span style="text-align: justify;">Temos
uma boa quantidade de material para analisar a respeito do </span><b style="text-align: justify;">Laser Terapêutico</b><span style="text-align: justify;">. Seremos um pouco mais rigorosos do que estávamos
sendo até agora. Isso significa que não daremos atenção a estudos cuja
avaliação dos resultados tenha sido feita logo após o término do tratamento
(até 1 mês após - como já fazíamos) e, adicionalmente, consideraremos somente
estudos PEDRO 7 e acima. Vamos em frente!</span><br />
<a name='more'></a><br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<b><span style="font-size: 16.0pt; line-height: 115%;">Osteoartrose de Joelho<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
De
antemão, o <b>Laser</b> não parece ser útil
para <b>Osteoartrose de Joelho</b>, nem mesmo para benefícios logo após o tratamento, seja em dor ou capacidade física (1).<br />
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<b><span style="font-size: 16.0pt; line-height: 115%;">Dor Lombar Crônica<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
Em
relação à <b>Dor Lombar Crônica </b>(2) a
revisão sistemática relata sempre "após tratamento", ou seja, as
reavaliações foram - na maior parte das vezes - feitas logo após o final do
tratamento, sendo que <b>o Laser mostrou
trazer diminuição das dores</b> (3, 4, 5, 6, 7, 8, 9). Mas não é isso que
buscamos, <b>buscamos resultados concretos</b>
em termos de tratamento clínico efetivo, e não apenas alívio temporário das
dores.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
Felizmente,
dois artigos de qualidade, utilizados na revisão supra mencionada para <b>dor lombar crônica,</b> mostram <b>resultados positivos para o Laser 1 mês
após o término do tratamento ou na associação com exercícios</b> (6, 8), <b>nos sugerindo que vale à pena utilizar o
Laser na Dor Lombar Crônica</b>. O primeiro utilizou o Laser isoladamente,
comparando-o com placebo, o segundo adicionou exercício e comparou-o também com
placebo adicionado de exercícios. Por outro lado, um outro estudo (4) não
encontraram diferenças entre Laser e placebo um mês após o tratamento (num
estudo com apenas 10 participantes por grupo). <b>O Laser parece ser útil para pacientes com dor lombar crônica</b>, mas
fica, como sugestão, de que não é algo totalmente confirmado. </div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<b><span style="font-size: 16.0pt; line-height: 115%;">Dor Cervical<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
Vamos,
então, à <b>Dor Cervical</b>. Uma revisão
sistemática recente (10) conclui que o Laser <b>pode</b> ser benéfico na dor crônica de pescoço (e na função, qualidade
de vida, etc). Vamos levar em conta os 4 artigos de alta qualidade cujas
reavaliações foram feitas pelo menos um mês após a última aplicação (em
português ou inglês, listados no pubmed e/ou PEDRO) (11, 12, 13, 14).</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
Três
desses estudos foram com <b>dor miofascial</b>
(11, 12, 14) e um com <b>dor cervical
crônica</b> (13). Os resultados foram <b>positivos
para o uso do Laser</b>, mesmo 1 mês após seu uso, mas nem sempre foram
significativos (estatisticamente - 11, 14<a href="https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/15389743"></a>). Ou seja, <b>o Laser pode ser útil nas dores cervicais</b>,
mas isso não é absolutamente certo, nem em quais condições especificamente
(dado o pequeno número de condições estudadas - dor miofascial e dor crônica).</div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<b><span style="font-size: 16.0pt; line-height: 115%;">Tendinites de Aquiles (Tendinopatias seria mais correto)<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
Controvérsias
na utilização do Laser para as Tendinopatias de Aquiles, com <b>estudos mostrando ausência de benefício ao
adicioná-lo a exercícios</b> (15, 16), <b>controvérsias</b>
em relação à dosagem adequada (17), e <b>apenas
um estudo mostrando tendência a benefício,</b> depois de 8 semanas do final do
uso do Laser (mas o benefício não foi suficiente, do ponto de vista da análise
estatística) num estudo onde ele foi adicionado a exercícios (18). Não podemos
dizer que seja um tratamento realmente efetivo para as <b>Tendinopatias de Aquiles</b>, trazendo benefícios duradouros.</div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<b><span style="font-size: 16.0pt; line-height: 115%; mso-ascii-font-family: Calibri; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-fareast-font-family: Calibri; mso-hansi-font-family: Calibri;">Epicondilite Lateral<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
Dos 5 estudos que
envolveram <b>Laser e Epicondilite Lateral</b>
(PEDRO 7 ou mais, além dos outros critérios já mencionados) 4 mostraram
melhores resultados com o Laser em comparação ao placebo (19, 20, 21, 22),
sendo que um não encontrou (23).</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<b><span style="font-size: 16.0pt; line-height: 115%; mso-ascii-font-family: Calibri; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-fareast-font-family: Calibri; mso-hansi-font-family: Calibri;">Dor de Ombro (Síndrome do
Impacto, Dor Subacromial ou Tendinopatia do Manguito)<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
Parece que o <b>Laser é útil nas dores de ombro</b>, ao
acelerar a melhora e adicionar a exercícios, de acordo com uma meta-análise
(24). De
fato, sendo adicionado ou não a outras condutas, o <b>Laser pareceu beneficiar as dores de ombro de forma significativa tanto
clínica como estatisticamente</b>: (25, 26, 27, 28).</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<b><span style="font-size: 16.0pt; line-height: 115%;">Capsulite Adesiva do Ombro (Ombro Congelado)<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
Um
artigo que verificou efeitos benéficos
do Laser na Capsulite Adesiva do Ombro, adicionando a um tratamento com exercícios
domiciliares, comparando com o placebo Laser (29). O tratamento durou 8
semanas, com um total de 12 sessões de tratamento com Laser nesse período. Foi
feita uma reavaliação 8 semanas após o final do tratamento, sendo que essa
mostrou uma <b>diferença estatisticamente
significativa na diminuição da dor (1,2 ponto na EVA, aproximadamente), assim
como uma melhora clínica e estatisticamente significativa na função</b>.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
Apenas
um estudo é pouco, mas parece que o <b>Laser
pode ser útil na diminuição da dor</b> e na melhoria da função de indivíduos
com capsulite adesiva (sem muita veemência também). Vale dizer que não foi um
estudo de "analgesia".</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<b><span style="font-size: 16.0pt; line-height: 115%; mso-ascii-font-family: Calibri; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-fareast-font-family: Calibri; mso-hansi-font-family: Calibri;">Síndrome do Túnel do Carpo<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
Dentro dos
critérios que estamos utilizando para o Laser, temos <b>4 estudos não favoráveis</b> ao uso (30, 31, 32, 33) e um estudo
favorável (34) e um que
gerou interpretações ambíguas, isso em relação à diminuição da dor (35,
crítica em 36).<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
Ou
seja, nenhum estudo "analgesia", e vários estudos apontando para a <b>não utilidade clínica</b> <b>do Laser em indivíduos com Síndrome do
Túnel do Carpo</b>.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<b><span style="font-size: 20.0pt; line-height: 115%;">Considerações Finais sobre o Laser Terapêutico<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
Não
se pode descartar os benefícios temporários, em relação ao alívio da dor, que o
Laser, eventualmente, pode trazer para as condições músculo-esqueléticas. Isso
pode ter importância para alguns pacientes. Porém, a <b>consciência de que o alívio será apenas temporário deve estar presente
tanto no profissional, quanto no paciente</b>. </div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
Em
relação aos <b>eventuais benefícios
duradouros</b>, mantidos ao longo do tempo, não temos como afirmar que, sem
dúvida, o Laser os traga, seja adicionalmente a exercícios ou outras condutas,
seja em isolamento. São esses os resultados que nos focamos e que têm <b>maior importância clínica</b>. Ele parece,
para algumas condições (dores de ombro, dores cervicais, epicondilite lateral,
por exemplo) trazer tais benefícios mas, para outras condições (como Síndrome
do Túnel do Carpo), é praticamente certo que não traz qualquer benefício. <b>Se for usado, que o seja com sabedoria por
parte de quem o aplica</b>.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br />
<br />
<a href="http://fisioterapiadoesporte.blogspot.com.br/2016/12/a-analgesia-na-fisioterapia-parte-2.html"><<< parte 2 - Ultra-Som e TENS</a> <a href="http://fisioterapiadoesporte.blogspot.com.br/2016/12/a-analgesia-na-fisioterapia-parte-4.html">parte 4 - Considerações Finais >>></a></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
Referências
Bibliográficas</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
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Z, Chen J, Ma J, Shen B, Pei F, Kraus VB. <span lang="EN-US">Effectiveness of low-level laser therapy in patients with knee
osteoarthritis: a systematic review and meta-analysis. </span>Osteoarthritis
and Cartilage. 2015 Sep;23(9):1437–44.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
2. Huang
Z, Ma J, Chen J, Shen B, Pei F, Kraus VB. <span lang="EN-US">The effectiveness of low-level laser therapy for nonspecific chronic low
back pain: a systematic review and meta-analysis. Arthritis Research &
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<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
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<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
4.<span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;"> </span><span lang="EN-US">Klein RG, Eek BC. Low-energy laser treatment
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<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
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<span lang="EN-US"><br /></span></div>
Claudio Mesquitahttp://www.blogger.com/profile/04407601622719979346noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5082403623106042036.post-43588601481292504912016-12-14T19:31:00.000-02:002016-12-15T21:57:46.909-02:00A analgesia na Fisioterapia - parte 2 - Ultra-Som e TENS<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhjcKXI5hKuAJiRTIUOu9tjr63w2yJc3FGHuPKSOtjCu6qO-xt-3KQHHq-BPxwX8Oo2DOs5Lqk_0H2qspyX73Fr9nWDM4Q7RCzPQHGYDeDDlFtNUMJRh6bVzR7_Puex6EagKkQlMcFw2-4/s1600/analgesia+c+borda+420x287.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="218" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhjcKXI5hKuAJiRTIUOu9tjr63w2yJc3FGHuPKSOtjCu6qO-xt-3KQHHq-BPxwX8Oo2DOs5Lqk_0H2qspyX73Fr9nWDM4Q7RCzPQHGYDeDDlFtNUMJRh6bVzR7_Puex6EagKkQlMcFw2-4/s320/analgesia+c+borda+420x287.jpg" width="320" /></a></div>
<br />
<br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
São
os aparelhos <b>efetivos</b> na prática
clínica? Ou estariam eles, apenas, encobrindo os efeitos inespecíficos do
tratamento. Promoveriam apenas alívio temporário das dores ou, de fato, trariam
benefícios duradouros?</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
Hora
de nos aproximarmos dessas respostas. Inicialmente falaremos do <b>Ultra-Som Terapêutico e do TENS.</b> No
artigo seguinte, falaremos do Laser Terapêutico.<br />
<a name='more'></a></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br />
Lembrando
sempre que você leitor, quer seja profissional ou não, tem o direito de
discordar e, sempre com respeito, emitir sua opinião nos
comentários. ;)</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<b><span style="font-size: 20.0pt; line-height: 115%;">Afinal de contas, o Ultra-Som é efetivo na prática clínica?<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
Nas
dores de ombro, muitas vezes conhecidas como <b>tendinopatia do manguito</b> (esse termo é muito discutível,
frequentemente visto como sinônimo de síndrome do impacto do ombro) o Ultra-Som
não parece ter utilidade clínica (1). O mesmo vale para a <b>dor lombar</b> (2) e seu uso também não é suportado para a <b>síndrome do túnel do carpo</b> (3). Nem pra
<b>entorse agudo do tornozelo</b>, no qual
seu uso parece ser muito comum, ele parece útil (4). Pra <b>fasciíte plantar</b>, nem doses baixas (5), nem doses mais altas (6)
parecem ter efeito.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
Opa,
mas nem tudo é notícia ruim para o Ultra-Som. Ele parece trazer benefícios em
pacientes com <b>osteoartrose de joelho</b>
(7, 8, 9).</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
Porém,
uma análise mais detalhada dos artigos nos mostra que <b>apenas um</b> deles produziu resultados de acordo com nossos critérios
(que que se mantenham ao menos um mês após o final do estudo) (9). Todos os
outros 7 artigos dessas revisões - cuja análise de dados foi feita de uma forma
adequada e que estiveram dentro de nossos critérios de análise (10, 11, 12, 13,
14, 15, 16, 17)
<b>não mostraram esse tipo de benefício</b>.
E em nenhum desses estudos ele foi usado como "analgesia". Ou seja,
fica difícil recomendar seu uso, quando pensamos em efeitos clínicos mantidos e
não apenas em alívio temporário das dores.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
Ou
seja, <b>o uso do Ultra-Som Terapêutico,
não é recomendados para se obter resultados duradouros na prática clínica</b>.</div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-size: 20.0pt; line-height: 115%;">E o TENS?<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
Chegamos
ao famoso TENS, ou "tensis" para alguns, conhecido popularmente como
"choquinho". Vamos direto ao assunto.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
O
que se pode dizer do TENS? Para <b>dor
lombar crônica</b>, parece que tem efeito imediato, até uma hora após a
aplicação (18). Porém, parece <b>não trazer
benefícios extras</b> a um tratamento realizado com massagem, na comparação de
tens com placebo (18). Resultados <b>não
superiores a placebo</b> também foram obtidos num estudo com mais de 300
participantes, que se auto-aplicaram TENS durante um mês (19). Além disso,
parece não ser superior a placebo e não adicionar benefícios a exercícios (20).</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
Na <b>epicondilite lateral</b>, parece que o TENS
não traz benefícios (21), assim como na <b>dor
cervical</b> (22), não adiciona a exercícios na <b>fibromialgia</b> (23) e não tem efeitos significativos na <b>dor crônica</b> (24).</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
Na <b>osteoartrose de joelho</b>, uma revisão da
literatura (25) conclui dizendo não ser possível afirmar que o uso do TENS é
benéfico para alívio da dor. Uma revisão posterior (26) afirma que é benéfico
para função, mas não dor, logo após o final do tratamento. Já a revisão mais
recente (27) diz que o TENS parece <b>aliviar
a dor da Osteoartrose de Joelho.</b> </div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
Nosso
objetivo é verificar se o <b>TENS</b>
realmente traz <b>benefícios mais
duradouros</b> (e maiores que um tratamento placebo, para sabermos que tais
benefícios não foram frutos dos efeitos inespecíficos) após final do
tratamento. </div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
Ao
olharmos essa última revisão sobre Osteoartrose de Joelho, deixamos de lado
artigos com qualidade inferior a 6 na escala PEDRO. Dos que sobraram, praticamente
<b>nenhum</b>, mostra benefício a longo
prazo (10, 28, 29, 30, 31, 32), com <b>exceção</b>
de apenas um (33). Porém, além de, dentro desse contexto maior ele ser a
exceção, temos de destacar que é um estudo de qualidade mediana (PEDRO 6) e com
um número de participantes relativamente pequeno (50 ao todo), especialmente
quando comparado a estudos de ótima qualidade metodológica, com grande número
de participantes (31, 32)) que <b>não
encontraram benefícios duradouros no uso do TENS na OA de joelho</b>. </div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
Dessa
forma, em relação à <b>Osteoartrose de
Joelho</b>, o TENS <b>não traz benefícios
duradouros, seja em isolamento ou adicional a um tratamento com exercícios.</b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
Concluindo,
quando se deseja benefício clínico duradouro, <b>não há fundamentação sólida para o uso do TENS na prática clínica</b>.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<b>Se você deseja benefícios clínicos
duradouros na prática clínica, o Ultra-Som e o TENS não são os recursos que
você deseja utilizar.<o:p></o:p></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br />
<a href="http://fisioterapiadoesporte.blogspot.com.br/2016/11/a-analgesia-na-fisioterapia-parte-1.html"><<< parte 1 - Introdução</a> <a href="http://fisioterapiadoesporte.blogspot.com.br/2016/12/a-analgesia-na-fisioterapia-parte-3-o.html">parte 3 - o Laser Terapêutico >>></a><br />
<br />
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
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<br />
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
Claudio Mesquitahttp://www.blogger.com/profile/04407601622719979346noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5082403623106042036.post-84800153497498927582016-12-13T22:50:00.000-02:002016-12-14T19:46:49.371-02:00A analgesia na Fisioterapia - parte 1 - Introdução<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiTmqshURIhN0l_JOkUw9i5_2Wbc-oIvKlxN8zolmCha6An5GGZ1cDZQ6Eh6OL4l1Kzg7zl8S0dv79q5ixVDViWnA3nuWZYIciuQdAh5pIiW8fpOQxHctikOg3g3_9y2LGPRFnzDP0Lldg/s1600/analgesia+c+borda+420x287.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="218" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiTmqshURIhN0l_JOkUw9i5_2Wbc-oIvKlxN8zolmCha6An5GGZ1cDZQ6Eh6OL4l1Kzg7zl8S0dv79q5ixVDViWnA3nuWZYIciuQdAh5pIiW8fpOQxHctikOg3g3_9y2LGPRFnzDP0Lldg/s320/analgesia+c+borda+420x287.jpg" width="320" /></a></div>
<br />
<br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
Uma
das ações conhecidas - popularmente - como sendo dos <b>Fisioterapeutas</b> é a utilização da <b>"analgesia"</b>. Em termos simples, a "analgesia"
seria a utilização de recursos eletrotermofototerapêuticos (recursos que usem
estímulos elétricos, estímulos térmicos ou de luz) para conseguir uma
diminuição da dor que seria pré-requisito para se iniciar atividades como
exercícios e similares.</div>
<a name='more'></a><br />
<div class="MsoNormal" style="tab-stops: 114.1pt; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<b>--- o que seriam os tratamentos da
analgesia? Tratamentos com TENS ("choquinho", também chamado de
"tensis"), Ultra-Som, Laser, Ondas Curtas e similares ---<o:p></o:p></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
Ou
seja, a realização de exercícios, fortalecimento, movimentação, etc, só seria
feita após se conseguir a diminuição da dor através da <b>"analgesia"</b>.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
Importante
salientar que o uso do termo "analgesia" é corriqueiro. Os
encaminhamentos de outros profissionais ao <b>Fisioterapeuta</b>
freqüentemente vêm com a "orientação" de "analgesia".</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
Será
seu uso correto? Será que, de fato, deve-se usar a <b>"analgesia"</b> no tratamento? Quão benéfica ela é? Será ela
imprescindível?</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
Vamos
questioná-lo usando, inicialmente, os <b>conceitos
básicos</b> de história natural das lesões e dores, efeitos inespecíficos dos
tratamentos e depois passaremos a uma análise das evidências científicas.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<b><span style="font-size: 20.0pt; line-height: 115%;">História Natural<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
História
Natural é, basicamente, o que <b>acontece</b>
se não fizermos nada. Aquela dor diminui, aumenta, cessa, continua?</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
Imagine
uma pessoa com <b>dor lombar</b> iniciada
recentemente. Vamos supor que tenha começado a uma semana atrás, e melhorou
pouco até agora. Daí, ela procura na internet, e descobre um tratamento que
promete ser milagroso. O tratamento é à base de casca de banana. Isso mesmo, <b>casca de banana</b>. A orientação é que se
coloque casca de banana na coluna lombar, na região das dores, com a pessoa
deitada de barriga para baixo, deixando por 10 minutos, 2 a 3 vezes por dia.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
Mas
por quê <b>casca de banana</b>? O texto do
tratamento explica que "a região interna da casca de banana contém células
e microorganismos que contém propriedades antiinflamatórias, analgésicas e
antioxidantes, que ajudam na reparação dos tecidos e conseguem se deslocar
através da pele e dos músculos chegando à região que se machucou. Com isso
aceleram a diminuição da dor e ajudam no processo antinflamatório, facilitando
a cicatrização dos tecidos e deixando a coluna com o conforto que tinha
antes."</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
Pois
bem, o que acontece se, de fato, esse tratamento for realizado numa pessoa com
crise aguda de <b>dor lombar</b>? Será que
ela vai melhorar? Será que vai ser observado um efeito clínico realmente
importante?</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
Vai,
vai sim. Depois de 4 a 6 semanas, especialmente, vai ser observado um efeito
clínico importante na maior parte das pessoas, ou seja, a maior parte delas vai
estar bem melhor, em termos de ter menor nível de dor e maior capacidade de se
movimentar. Haverá um <b>EFEITO CLÍNICO
REAL, UMA MELHORA REAL!</b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
Ótimo,
então casca de banana é um <b>tratamento</b>
realmente eficaz!!! Certo???</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
Errado!</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
É aí
que o bicho pega! Sem que nada seja feito, a maior parte das pessoas com uma
crise aguda de dor lombar vai melhorar significativamente em 4 a 6 semanas.
Veja bem, nada vai ser feito e essas pessoas vão melhorar! É um <b>EFEITO CLÍNICO REAL, UMA MELHORA REAL!</b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
Ué,
então qual o papel da casca de banana nesse efeito clínico?</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
Não
houve efeito clínico da casca de banana. Ela apenas <b>camuflou a história natural</b> e fez com que se pensasse que o efeito
clínico fosse originário dela. O efeito clínico real observado veio da história
natural da dor lombar. Veja que isso é mstrado em estudos de altíssima qualidade
(1, 2).</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
Agora,
substituam a casca de banana por TENS, Ultra-Som, etc... Entenderam a idéia?</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
O
mesmo vale para diversas outras condições de dor ou lesões. Se não mexer, não
forçar demais, tende a melhorar com o tempo. Pode não ser uma <b>melhora que se mantenha</b>, se forçar do
jeito que se fazia antes, provavelmente volta a doer (preferimos deixar para
discutir os tratamentos que funcionam, para cada condição, em outras situações).
Mas ocorre uma <b>melhora real</b> enquanto
nada for feito. Insistimos em salientar: isso não acontece em todos os casos,
mas numa grande variedade de situações é isso que ocorre!</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
Para
juntarmos o raciocínio da história natural com o da <b>analgesia</b>, vamos a mais um exemplo. Dessa vez mais focado na <b>Fisioterapia Esportiva</b>.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
Vamos
falar agora da utilidade clínica da geléia de mocotó em pessoas com <b>tendinopatia de aquiles aguda</b>. Isso
mesmo, <b>geléia de mocotó</b>. A pessoa
tem dor após correr 15 km, e sente dores ao caminhar também. Seu tratamento
inclui interrupção da corrida e aplicação de geléia de mocotó que,
incrivelmente, tem propriedades similares às da casca de banana. A orientação é
de se passar geléia de mocotó 2 a 3 vezes ao dia e deixar por 15 minutos na
região do tendão. Depois de uma semana passando geléia de mocotó a dor ao
caminhar já não é mais sentida.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
Qual
o raciocínio da "analgesia"? Hora de começar os exercícios!!! Geléia
de mocotó é a "analgesia"!!! Vejamos que a <b>geléia de mocotó</b> substituiu (novamente) o TENS, o Ultra-Som e
outros aparelhos. Ficar de repouso, ou melhor, não realizar a atividade que
causava os sintomas é que trouxe a melhora clínica, não o tratamento com geléia
de mocotó. Enfatizo, observem o que o "tratamento" (quer seja de
geléia de mocotó, Tens ou Ultra-Som) está fazendo: encobrindo, camuflando o que
iria acontecer se nada fosse feito.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
Às
vezes a atitude mais ética que o <b>Fisioterapeuta</b>
pode fazer é orientar o paciente a esperar uma ou duas semanas, sem o esforço
que causa ou provoca os sintomas, para depois retornar e dar continuidade ao
tratamento.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<b><span style="font-size: 20.0pt; line-height: 115%;">Efeito Hawthorne<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
Efeito
Hawthorne é a melhoria sentida pelo paciente que ocorre devido a mudanças de
comportamento e não devido às intervenções clínicas em si. Por exemplo, uma
pessoa com <b>dor patelofemoral</b> começou
a realizar tratamento mas, sem a orientação do terapeuta, ao começar o
tratamento passou a diminuir as atividades que percebia que agravavam a dor
(ex: passou a subir de elevador ao invés de escada). Com isso começou a sentir
menos dores, independentemente do tratamento. É um <b>EFEITO CLÍNICO REAL, UMA MELHORA REAL MAS QUE NÃO TEM RELAÇÃO COM A
INTERVENÇÃO QUE FOI APLICADA PELO PROFISSIONAL</b>.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<b><span style="font-size: 20.0pt; line-height: 115%;">Efeito Placebo<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
Efeito
Placebo são melhorias que decorrem das expectativas ou sensações positivas a
respeito do tratamento. É uma <b>melhora
clínica real que não advém da intervenção clínica</b>. São efeitos que se
originam de todo ritual do tratamento. Por exemplo, o efeito placebo ocorre
pelo fato de se estar recebendo um tratamento que se acredita ser efetivo
(mesmo que não o seja), mas também pelo ambiente em que isso ocorre (um
ambiente profissional, que dê a impressão de competência, pode gerar um efeito
mais significativo), pela forma como o terapeuta fala ou se veste, e assim por
diante. Existe um efeito neurofisiológico real, já observado em estudos sobre o
tema. Mais uma vez, é um <b>EFEITO CLÍNICO
REAL, UMA MELHORA REAL</b> que acontece. Embora essa melhora ou efeito não
sejam muito significativos, estão presentes.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
O
que vimos, então, são três origens para <b>EFEITOS
CLÍNICOS REAIS, MELHORAS REAIS</b> que ocorrem, mas que não são decorrentes do
tratamento realizado. Salienta-se que essas três origens se somam para produzir
efeitos clínicos que não se originam do tratamento, mas de fatores externos a
estes. Como não se originam do tratamento, são <b>efeitos inespecíficos do tratamento</b>. E, como estamos enfatizando,
são <b>EFEITOS CLÍNICOS E MELHORAS REAIS</b>.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<b><span style="font-size: 20.0pt; line-height: 115%;">"Mas pra mim funciona!"<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
Essa
é a uma resposta comum quando terapeutas que não entendem a importância do uso
das <b>evidências científicas</b> são
confrontados com as mesmas. "Pra mim funciona!" é uma resposta vazia,
pois o "funcionar" pode estar se originando, justamente, desses
efeitos não relacionados ao tratamento. Portanto, é de importância crítica que
o profissional da saúde esteja consciente desses efeitos inespecíficos e prime
pela utilização de evidências científicas de alta qualidade no atendimento de
seus pacientes.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<b><span style="font-size: 20.0pt; line-height: 115%;">A importância da comparação com o "placebo" nos estudos
científicos.<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
Nas
pesquisa científicas é fundamental, para analisarmos se um determinado
tratamento funciona, a comparação com o placebo. O placebo, no caso, é um
tratamento sem efeito clínico. Porém, ele mimetiza o tratamento real que está
sendo feito. Um exemplo seria a aplicação de Laser real em um grupo de pessoas,
e no outro, a aplicação do Laser, desligado (mas feito de forma que pareça
estar funcionando) para o outro grupo avaliado. Com isso conseguimos, ao
"subtrair" os efeitos do placebo daqueles do Laser real, verificar o
que foi, de fato, efeito do tratamento. <b>A
melhora observada no grupo placebo será devido a todos esses efeitos
inespecíficos do tratamento que falamos até agora</b>. Ao subtraí-la do
benefício obtido pelo Laser real verificamos o que foi "real" do tratamento.</div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<b><span style="font-size: 20.0pt; line-height: 115%;">A partir do próximo texto, vamos analisar artigos que investigaram a
"analgesia" e ver se ela foi ou não benéfica.<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
Em
primeiro lugar iremos buscar revisões sistemáticas e meta-análises. Depois
disso, caso se tenha resultados significativamente positivos, iremos analisar
estudos individuais e os efeitos clínicos presentes dentro destes. Quando não
for possível encontrar esses dois tipos de estudos, buscaremos utilizar somente
estudos de qualidade metodológica de moderada a alta (escala PEDRO de valor 6
ou mais). Nosso objetivo é ver se os <b>recursos
terapêuticos, utilizados de forma preliminar - ou simultânea - a um tratamento
mais ativo, adicionam benefícios clínicos significativos a esses tratamentos</b>.
Não estamos falando do resultado a curtíssimo prazo, ou seja, uma diminuição da
dor imediatamente após o tratamento (até 1 semana após o final). <b>A questão é se esse efeito vai adicionar a
resultados clínicos das intervenções ativas ou se vai se manter ao longo do
tempo</b>. Destacamos que não estamos descartando a importância de se dar
conforto ao paciente (que seria essa melhora logo após o tratamento), mas nos
focando na existência ou não de efeitos significativos da "analgesia"
dentro do objetivo de melhora clínica real do paciente e acima dos efeitos
inespecíficos do tratamento.<br />
<br />
<div class="MsoNormal">
Continuem nos acompanhando!</div>
</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br />
<a href="http://fisioterapiadoesporte.blogspot.com.br/2016/12/a-analgesia-na-fisioterapia-parte-2.html">parte 2 - Ultra-Som e TENS >>></a> <br />
<br /></div>
<br />
<div class="MsoNormal">
Referências Bibliográficas</div>
<div class="MsoNormal">
<span lang="EN-US">1. Artus M,
van der Windt D, Jordan KP, Croft PR. The clinical course of low back pain: a
meta-analysis comparing outcomes in randomised clinical trials (RCTs) and
observational studies. </span>BMC Musculoskeletal Disorders. 2014;15(1):68.</div>
<br />
<div class="MsoNormal">
2. Menezes Costa L d. C, Maher CG, Hancock MJ, McAuley JH,
Herbert RD, Costa LOP. <span lang="EN-US">The
prognosis of acute and persistent low-back pain: a meta-analysis. </span>Canadian
Medical Association Journal. 2012 Aug 7;184(11):E613–24.</div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
Claudio Mesquitahttp://www.blogger.com/profile/04407601622719979346noreply@blogger.com6tag:blogger.com,1999:blog-5082403623106042036.post-85785308995682041632016-12-12T22:36:00.001-02:002016-12-12T22:36:16.482-02:00Técnicas Inefetivas em Atletas de Elite<br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
Podemos
usar técnicas e recursos <b>não comprovados</b>
em atletas de alto rendimento?</div>
<a name='more'></a><br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
Defendemos
o uso de técnicas e recursos <b>solidamente
baseados em evidências científicas</b>. É o que realmente funciona, independentemente
de nossos achismos e percepções de que algo funciona. </div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi0GywzHua1dbzazS3cXh7A35SgixaYt4gVDUphlzBwstoTSN70i_YE1oqtUANSPQFH7UPjWoqdtzb13nZzM4HYtziwLNAOSdqfoMDp9G6qQGWWj9L-PlIQSJJOGnS0Oht4UEFFVzj9R5E/s1600/analgesia+c+borda+420x287.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="218" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi0GywzHua1dbzazS3cXh7A35SgixaYt4gVDUphlzBwstoTSN70i_YE1oqtUANSPQFH7UPjWoqdtzb13nZzM4HYtziwLNAOSdqfoMDp9G6qQGWWj9L-PlIQSJJOGnS0Oht4UEFFVzj9R5E/s320/analgesia+c+borda+420x287.jpg" width="320" /></a></div>
<br />
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
Será
que há espaço, no tratamento de <b>atletas
de elite</b>, para tratamentos não comprovados cientificamente?</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
Um
Fisioterapeuta Britânico teve suas opiniões publicadas no Jornal Britânico de Medicina
do Esporte (BJSM - British Journal of
Sports Medicine) relatando que, ainda que defendesse solidamente o uso de métodos
de efetividade clínica cientificamente provados, era a favor dos <b>"1 por centos"</b>, que seriam
tratamentos sem efetividade clínica comprovada ou com mínimas evidências
sustentando seu uso, <b>no tratamento de
atletas de alto rendimento </b>(1).</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
Em
outras palavras, tratamentos que não sabemos exatamente se fazem bem (ou mal),
mas que alguns <b>acham</b> que podem fazer
bem.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
Sua
justificativa era que esses tratamentos, através de um processo de <b>decisão conjunta com o atleta</b>, poderiam
trazer benefícios fisiológicos e psicológicos. Segundo ele, esse tipo de recurso
seria usado em conjunto com os tratamentos principais (reabilitação ativa e exercícios).
E sugere ainda que essa atitude estaria alinhada com o <b>pensamento do atleta</b> de "querer sentir que tudo está sendo
feito para que ele se recupere o quanto antes, assim como seu clube".</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<div class="MsoNormal">
<b>E
você, atleta ou Fisioterapeuta que
lê esse texto. O que você pensa a respeito? Tratamentos sem comprovação
estariam bem pra você, caso os tratamentos realmente comprovados estivessem
sendo utilizados, ao se tratar atletas de elite (conforme descrito no texto)?</b></div>
</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
Referências
Bibliográficas</div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span lang="EN-US">1. Ardern CL, Glasgow P, Schneiders
A, Witvrouw E, Clarsen B, Cools A, et al. 2016 Consensus statement on return to
sport from the First World Congress in Sports Physical Therapy, Bern. British
Journal of Sports Medicine. 2016 Jul;50(14):853–64. link: </span><a href="http://blogs.bmj.com/bjsm/2016/08/04/evidence-based-medicine-in-elite-sports-why-go-for-the-1ers/">MORGAN
(2016)</a> </div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
Claudio Mesquitahttp://www.blogger.com/profile/04407601622719979346noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5082403623106042036.post-56454739374398935572016-10-11T15:18:00.000-03:002016-11-23T10:45:28.543-02:00Corrida - a postura é fator de risco para lesões?<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhkks0DTOnv_AK8UUVqmZ1-i35KUlamcqqnw-_4jXyBMcloc3vRw90txttYzeT0viWvuJZyqcZDu1IbZbH77DgVYeTE2Lq92ius3cvuuhyphenhyphenwoz5yvANFnIMC7SE7w1v_d5pDfSI4jYp5JXE/s1600/modelo+anatomico+com+borda.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhkks0DTOnv_AK8UUVqmZ1-i35KUlamcqqnw-_4jXyBMcloc3vRw90txttYzeT0viWvuJZyqcZDu1IbZbH77DgVYeTE2Lq92ius3cvuuhyphenhyphenwoz5yvANFnIMC7SE7w1v_d5pDfSI4jYp5JXE/s320/modelo+anatomico+com+borda.jpg" width="299" /></a></div>
<br />
<br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<div class="MsoNormal">
Será
que a <b>postura</b> é importante para a
prevenção de lesões nos corredores? Será que ela pode indicar aqueles mais
propensos a desenvolver algum tipo de lesão. E, especialmente, no caso de
praticantes e atletas de <b>corrida</b>?</div>
</div>
<a name='more'></a><br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
Para
responder a essa pergunta temos de olhar para artigos científicos que
acompanharam os atletas ao longo de um tempo relativamente longo, tendo
avaliado sua postura previamente a esse acompanhamento. São os chamados <b>estudos prospectivos</b>. Poderíamos também
analisar a postura de atletas lesionados e compará-la com atletas sem lesão.
Porém, esse tipo de análise não é tão correto, já que a alteração postural
eventualmente observada nos que se lesionaram pode ter sido consequência, e não
causa, da lesão.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<o:p><br /></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
Corredores
iniciantes, de ambos os sexos, foram acompanhados ao longo de 10 semanas, tendo
sua postura de pé e joelho avaliadas previamente (1). Os resultados mostraram <b>não haver diferenças</b> naqueles que
tinham um pé mais pronado ou um joelho mais valgo em relação aos que não
tinham, ou seja, as alterações posturais não favoreceram a ocorrência de
lesões. </div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<o:p><br /></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
Um
outro estudo analisou o alinhamento dos membros inferiores de corredores
amadores, que foram, então, acompanhados durante 6 meses (2). Concluíram que <b>não houve diferença de alinhamento</b>
entre os que se lesionaram e os que não se lesionaram, exceto para <b>dor patelofemoral</b>, a qual se mostrou
relacionada à presença de joelho direito varo porém, não foi feita uma análise
pra ver se a lesão tinha ocorrido no joelho do mesmo lado ou do lado oposto.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<o:p><br /></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
Um
revisão sistemática de 2014 avaliou, dentre outros aspectos, o ângulo-Q e sua
relação com lesões (3). Dois estudos (4,5) de três incluídos, observaram uma
relação entre o aumento do <b>ângulo-Q</b> e
lesões em corredores. O primeiro destes estudos (4) avaliou mais de 400
corredores de ambos os sexos, tendo realizado a avaliação do ângulo-Q com os
atletas em pé e os acompanhado por uma temporada inteira. Observaram que os <b>maiores ângulos-Q estavam relacionado ao
desenvolvimento de lesões</b> independentemente do gênero. O segundo estudo é
uma análise dos mesmos dados, que mostrou que o risco estava ligado,
principalmente, a lesões no joelho (5).</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<o:p><br /></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
Um
estudo mais recente (6) acompanhou mais de 80 atletas de corrida que tiveram a
postura dos membros inferiores avaliada previamente. Os resultados mostraram <b>não haver relação entre a postura</b>,
incluindo o <b>ângulo-Q</b> e arco da
planta do pé (pé pronado, supinado, etc), e o desenvolvimento de lesões.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<o:p><br /></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
A <b>pronação</b> foi avaliada também num estudo
que acompanhou corredores iniciantes ao longo de um ano (7), e <b>não foi relacionada</b> ao surgimento de
lesões.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<o:p><br /></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
Ou
seja, de forma geral, o <b>alinhamento
postural dos membros inferiores não parece relacionado à ocorrência de lesões</b>.
Porém, talvez uma atenção deva ser dada ao <b>ângulo
Q</b>, especialmente pelo fato de que o estudo que encontrou relação entre ele
e o surgimento de lesões foi feito em um número grande de atletas.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<o:p><br /></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
Mas
o que é o <b>ângulo Q</b>? O ângulo Q é
formado por uma linha que vai do centro da patela (o osso à frente do joelho,
também chamado - indevidamente - de rótula) em direção à tíbia (osso da perna)
e outra linha que vai do centro da patela até a EIAS - proeminência óssea do osso da bacia. É uma medida que tende a ser maior conforme
maior o valgo do joelho.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<o:p><br /></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<div class="MsoNormal">
Ou
seja, talvez seja <b>muito precoce</b>
descartarmos a possibilidade de uma relação entre a postura (no caso, o ângulo-Q) e o surgimento de
lesões em corredores. Ainda assim, ela não é uma relação consistente, observada
em vários estudos. No momento atual, apenas uma hipótese a ser mais estudada.</div>
</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<o:p><br /></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
Referências
Bibliográficas:</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span lang="EN-US">1. Ramskov D, Jensen ML, Obling K,
Nielsen RO, Parner ET, Rasmussen S. No association between q-angle and foot
posture with running-related injuries: a 10 week prospective follow-up study.
Int J Sports Phys Ther. 2013 Aug;8(4):407–15.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span lang="EN-US"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span lang="EN-US">2. Lun V. Relation between running
injury and static lower limb alignment in recreational runners. British Journal
of Sports Medicine. 2004 Oct 1;38(5):576–80. </span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span lang="EN-US"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span lang="EN-US">3. Saragiotto BT, Yamato TP,
Hespanhol Junior LC, Rainbow MJ, Davis IS, Lopes AD. What are the Main Risk
Factors for Running-Related Injuries? </span>Sports Medicine. 2014
Aug;44(8):1153–63.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span lang="EN-US">4. Rauh MJ. Epidemiology of
Musculoskeletal Injuries among High School Cross-Country Runners. </span>American
Journal of Epidemiology. 2005 Nov 17;163(2):151–9.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span lang="EN-US">5. Rauh MJ, Koepsell TD, Rivara FP,
Rice SG, Margherita AJ. Quadriceps Angle and Risk of Injury Among High School
Cross-Country Runners. </span>Journal of Orthopaedic & Sports Physical
Therapy. 2007 Dec;37(12):725–33.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
6. Hespanhol
Junior LC, de Carvalho ACA, Costa LOP, Lopes AD. <span lang="EN-US">Lower limb alignment characteristics are not
associated with running injuries in runners: Prospective cohort study. European
Journal of Sport Science. 2016 Nov 16;16(8):1137–44.</span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span lang="EN-US">7. Nielsen RO, Buist I, Parner ET,
Nohr EA, Sørensen H, Lind M, et al. Foot pronation is not associated with
increased injury risk in novice runners wearing a neutral shoe: a 1-year
prospective cohort study. </span>British Journal of Sports Medicine. 2014
Mar;48(6):440–7.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
Claudio Mesquitahttp://www.blogger.com/profile/04407601622719979346noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5082403623106042036.post-19072683290355194802016-10-10T10:38:00.003-03:002017-11-10T16:27:31.497-02:00Quais são os graus de condromalácia?<div style="text-align: justify;">
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgwKj5GPwhTQQh-ojJkVn_uXcDu0snqnzsivcR4qaX7NqH8pPBkSIFbkZ6GF4NXGW-mkn8aMi8gDVxeDKw6xUOmeIvvkCnAAzUPoGPu2D7QRR3dRhjy8yG9ITt7ELT59Tybjm57V2SklyI/s1600/dor+no+joelho+com+borda.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="218" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgwKj5GPwhTQQh-ojJkVn_uXcDu0snqnzsivcR4qaX7NqH8pPBkSIFbkZ6GF4NXGW-mkn8aMi8gDVxeDKw6xUOmeIvvkCnAAzUPoGPu2D7QRR3dRhjy8yG9ITt7ELT59Tybjm57V2SklyI/s320/dor+no+joelho+com+borda.jpg" width="320" /></a></div>
<br />
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
</div>
<div style="text-align: justify;">
Quais são os graus da <b>condromalácia patelar</b>?</div>
<a name='more'></a><br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
A classificação mais popularmente conhecida da <b>condromalácia patelofemoral</b> foi
desenvolvida em meados dos anos 60 (1), e a classifica em 4 graus:</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
1 - amolecimento e edema na cartilagem;</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
2 - fragmentação e fissuras pequenas (área igual ou menor
que 1,26cm - meia polegada);</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
3 - fragmentação e fissuras maiores (maior que 1,26cm);</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
4 - exposição do osso subcondral.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Ou seja, no nível quatro a erosão foi mais profunda,
chegando até o osso. <br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgoTYud8agDZzTmzQ49iTeFdXXgT6Hov102AoszEEqDV-prrhIt-EIgjic0wFmXgjPf2HVdqN08iOXXf7gMNWwMsyFx9UQdkQpq8tVlPl64BPOz14J09V-oR_v3Iebha7YS0p7Z5OdLF0w/s1600/quais+s%25C3%25A3o+os+graus+de+condromal%25C3%25A1cia.png" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1216" data-original-width="1600" height="486" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgoTYud8agDZzTmzQ49iTeFdXXgT6Hov102AoszEEqDV-prrhIt-EIgjic0wFmXgjPf2HVdqN08iOXXf7gMNWwMsyFx9UQdkQpq8tVlPl64BPOz14J09V-oR_v3Iebha7YS0p7Z5OdLF0w/s640/quais+s%25C3%25A3o+os+graus+de+condromal%25C3%25A1cia.png" width="640" /></a></div>
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Importante dizer que mesmo nesse estudo inicial (1) já se
citava que a "condromalácia da patela era muito mais comum do que geralmente
se acredita, porque, normalmente, não causa sintomas". Ou seja, não se
deve achar que se tem <b>dor</b> porque
existe alteração da cartilagem. Há pessoas sem alterações que têm dor e pessoas
com grau 4 sem dor.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Falaremos da <a href="http://fisioterapiadoesporte.blogspot.com.br/2016/12/dor-patelofemoral-de-onde-vem-dor-parte.html">dor mais pra frente</a>. Continuem nos
acompanhando.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<o:p><br /></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<o:p><br /></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Referências Bibliográficas</div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
1. Outerbridge RE. The etiology of chondromalacia patellae. <span lang="EN-US">J Bone Joint Surg Br. 1961
Nov;43–B:752–7.</span></div>
Claudio Mesquitahttp://www.blogger.com/profile/04407601622719979346noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5082403623106042036.post-15926401065275902102016-10-06T12:14:00.002-03:002016-12-29T22:15:44.941-02:00Exames de Imagem - atletas sem sintomas têm alterações?<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiWiCz3WGYTUqwrg0NpcJCHT9hMU-UWf4QrJ7dpEn26ByYq6LHuSh4iZR3OKbMKbOtQx4bOB_DGTvDAWLy1rSu3TOe2va21tTrZruVOYRsXOh9hjwssxiQKwPtO60AX-QYRw8FvWEfVf2c/s1600/RM+protrusao+lombar+com+borda.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="300" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiWiCz3WGYTUqwrg0NpcJCHT9hMU-UWf4QrJ7dpEn26ByYq6LHuSh4iZR3OKbMKbOtQx4bOB_DGTvDAWLy1rSu3TOe2va21tTrZruVOYRsXOh9hjwssxiQKwPtO60AX-QYRw8FvWEfVf2c/s320/RM+protrusao+lombar+com+borda.jpg" width="320" /></a></div>
<br />
<br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
Será
que as alterações observadas nos <b>exames
de imagem</b> de atletas têm relação direta com suas dores e sintomas?</div>
<a name='more'></a><br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
Ao
longo dos anos, diversos estudos têm sido feitos em praticantes de esportes, os
quais realizam <b>Ressonância Magnética</b>
para identificação das alterações presentes em suas articulações (geralmente no
joelho). Detalhe, estes estudos têm sido feitos em indivíduos sem sintomas, ou
seja, atletas que não estão com dores ou limitações.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
Os
resultados nos sugerem que os <b>exames de
imagem</b> não são, diferentemente do que se pode pensar, um recurso capaz de
identificar alterações (ou lesões) que gerem as dores ou outras queixas. De
fato, nos fazem questionar se as alterações articulares geram, de fato, dor.
Porque isso? Porque muitos <b>atletas sem
sintomas</b> têm muitas alterações articulares.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
No <b>basquetebol</b>, por exemplo, isso foi
observado em diversos estudos (1, 2, 3, 4). Alterações do osso ("bone
marrow edema"), na cartilagem, alterações tendíneas, alterações no
menisco, edema e outras alterações foram encontradas. Relembrando, em atletas
assintomáticos. Em outros esportes, como <b>futebol</b>
(5, 6) e <b>natação</b> (7) alterações
similares são observadas.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
Isso
é muito relevante, pois mostra que <b>não
se pode depender do exame de imagem para o diagnóstico adequado</b> de uma
lesão.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
Sendo
atleta ou não, <b>não confie cegamente na imagem</b>. Ela pode ser um recurso muito útil,
mas não deve, jamais, ser usada sem um exame clínico adequado. Portanto, tenham
sempre bons profissionais <b>clínicos</b>
te acompanhando.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span lang="EN-US">Referências Bibliográficas<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span lang="EN-US">1. Brunner MC, Flower SP, Evancho
AM, Allman FL, Apple DF, Fajman WA. MRI of the athletic knee. Findings in
asymptomatic professional basketball and collegiate football players. Invest
Radiol. 1989 Jan;24(1):72–5. </span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span lang="EN-US">2. Major NM, Helms CA. MR Imaging of
the Knee: Findings in Asymptomatic Collegiate Basketball Players. American
Journal of Roentgenology. 2002 Sep;179(3):641–4. </span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span lang="EN-US">3. Kaplan LD, Schurhoff MR,
Selesnick H, Thorpe M, Uribe JW. Magnetic Resonance Imaging of the Knee in
Asymptomatic Professional Basketball Players. Arthroscopy: The Journal of
Arthroscopic & Related Surgery. 2005 May;21(5):557–61. </span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span lang="EN-US">4. Pappas GP, Vogelsong MA,
Staroswiecki E, Gold GE, Safran MR. Magnetic Resonance Imaging of Asymptomatic
Knees in Collegiate Basketball Players: The Effect of One Season of Play. Clinical
Journal of Sport Medicine. 2016 Jun;1. </span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span lang="EN-US">5. Soder RB, Simões JD, Soder JB,
Baldisserotto M. MRI of the Knee Joint in Asymptomatic Adolescent Soccer
Players: A Controlled Study. American Journal of Roentgenology. 2011
Jan;196(1):W61–5. </span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span lang="EN-US">6. Matiotti SB, Soder RB, Becker RG,
Santos FS, Baldisserotto M. MRI of the knees in asymptomatic adolescent soccer
players: A case-control study: 3.0T MRI of Soccer Players’ Knees. Journal of
Magnetic Resonance Imaging [Internet]. 2016 Jun [cited 2016 Oct 6]; Available
from: http://doi.wiley.com/10.1002/jmri.25329 </span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span lang="EN-US">7. Soder RB, Mizerkowski MD,
Petkowicz R, Baldisserotto M. MRI of the knee in asymptomatic adolescent
swimmers: a controlled study. British Journal of Sports Medicine. 2012
Mar;46(4):268–72. </span><br />
<span lang="EN-US"><br /></span></div>
Claudio Mesquitahttp://www.blogger.com/profile/04407601622719979346noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5082403623106042036.post-27892227940288813442016-10-03T13:35:00.002-03:002017-06-19T12:36:00.072-03:00As lesões mais comuns no Ballet<div>
<div style="text-align: justify;">
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj3vuIjy7cnLOLWxrfGQSGlRaSD7LpTpAi1_kEWCnN0XlzOpb6pElXPF8YVLLBygb0naVhfQe8dolQ9H9oVO3JT1osrpcx9E96E4enlaEv7Wpzx2YJU2Y5_Kq_W4CgLOF0cN1ERRDlQ7rM/s1600/ballet+-+sapatilhas+com+borda.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="240" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj3vuIjy7cnLOLWxrfGQSGlRaSD7LpTpAi1_kEWCnN0XlzOpb6pElXPF8YVLLBygb0naVhfQe8dolQ9H9oVO3JT1osrpcx9E96E4enlaEv7Wpzx2YJU2Y5_Kq_W4CgLOF0cN1ERRDlQ7rM/s320/ballet+-+sapatilhas+com+borda.jpg" width="320" /></a></div>
<br />
<br /></div>
</div>
<div>
<div style="text-align: justify;">
Quais as lesões mais comuns em praticantes de <b>Ballet</b>?</div>
<a name='more'></a></div>
<div>
<div class="MsoNormal">
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
</div>
<div class="MsoNormal">
<div style="text-align: justify;">
O <b>Ballet</b> é uma dança
que pode ter um grau de exigência física, especialmente naqueles que se
aproximam do profissionalismo, muito alta. A incidência de lesões está em torno
de <b>uma lesão para cada 1000 horas</b> de
prática, podendo até ser mais alta no caso de profissionais (1). A prevalência de
lesões músculo-esqueléticas pode ser altíssima (prevalência=lesões presentes
num determinado espaço de tempo), chegando uma relação de mais de duas lesões
por praticante (2). Conhecer as lesões mais freqüentes pode auxiliar tanto os
praticantes e professores do Ballet, assim como os profissionais da saúde, a
estarem preparados para atuar adequadamente na prevenção e no tratamento.</div>
</div>
<div class="MsoNormal">
<div style="text-align: justify;">
<o:p><br /></o:p></div>
</div>
<div class="MsoNormal">
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
</div>
<div class="MsoNormal">
<div style="text-align: justify;">
Em relação às lesões, a maior parte delas ocorre nos <b>membros inferiores</b>, especialmente pé e
tornozelo (1,2). Além disso, são muito mais freqüentes as <b>lesões de sobrecarga</b> (overuse) do que as <b>lesões traumáticas</b> (1).</div>
</div>
<div class="MsoNormal">
<div style="text-align: justify;">
<o:p><br /></o:p></div>
</div>
<div class="MsoNormal">
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
</div>
<div class="MsoNormal">
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
As lesões mais comuns encontradas (1,2,3,4) foram:</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<b>. estiramentos dos músculos posteriores da coxa, </b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<b>. dor patelofemoral,
</b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<b>. tendinopatias dos músculos do tornozelo,
</b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<b>. síndrome do
ressalto do quadril, </b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<b>. dor lombar; e</b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<b>. entorses de
tornozelo. </b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Em dançarinos profissionais, as <b>fraturas de stress da tíbia e dos metatarsos</b> também foram freqüentes
(2).</div>
</div>
<div class="MsoNormal">
<div style="text-align: justify;">
<o:p><br /></o:p></div>
</div>
<div class="MsoNormal">
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
</div>
<div class="MsoNormal">
<div style="text-align: justify;">
Em relação à origem das lesões, os <b>movimentos repetitivos</b> e os <b>movimentos
de "pirouettes"</b> são situações predisponentes de lesões (4). O <b>Ballet clássico</b> parece ter maior incidência
de lesões (3).</div>
</div>
<div class="MsoNormal">
<div style="text-align: justify;">
<o:p><br /></o:p></div>
</div>
<div class="MsoNormal">
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
</div>
<div class="MsoNormal">
<div style="text-align: justify;">
A maior parte dos profissionais do <b>Ballet</b> aposentados ainda sente algum tipo de dor
músculo-esquelética, e a principal causa de aposentadoria parecem ser as <b>dores lombares e de quadril</b> (5). </div>
</div>
<div class="MsoNormal">
<div style="text-align: justify;">
<o:p><br /></o:p></div>
</div>
<div class="MsoNormal">
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
</div>
<div class="MsoNormal">
<div style="text-align: justify;">
Embora o <b>Ballet</b>
não seja considerado um esporte, vale a dica de que as <a href="http://fisioterapiadoesporte.blogspot.com.br/2016/09/comoprevenirlesoesesportivas.html">recomendações para prevenção de lesões no esporte também se aplicam a ele</a>. </div>
</div>
<div class="MsoNormal">
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
</div>
<div class="MsoNormal">
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
</div>
<div class="MsoNormal">
<div style="text-align: justify;">
<o:p><br /></o:p></div>
</div>
<div class="MsoNormal">
<div style="text-align: justify;">
<o:p><br /></o:p></div>
</div>
<div class="MsoNormal">
<div style="text-align: justify;">
Referências Bibliográficas</div>
</div>
<div class="MsoNormal">
<div style="text-align: justify;">
1. Smith PJ, Gerrie BJ, Varner KE, McCulloch PC, Lintner DM,
Harris JD. <span lang="EN-US">Incidence and
Prevalence of Musculoskeletal Injury in Ballet: A Systematic Review.
Orthopaedic Journal of Sports Medicine [Internet]. 2015 Jul 7 [cited 2016 Oct
3];3(7). Available from:
http://ojs.sagepub.com/lookup/doi/10.1177/2325967115592621 </span></div>
</div>
<div class="MsoNormal">
<div style="text-align: justify;">
<span lang="EN-US">2. Smith
TO, Davies L, de Medici A, Hakim A, Haddad F, Macgregor A. Prevalence and
profile of musculoskeletal injuries in ballet dancers: A systematic review and
meta-analysis. Physical Therapy in Sport. 2016 May;19:50–6. </span></div>
</div>
<div class="MsoNormal">
<div style="text-align: justify;">
<span lang="EN-US">3. Sobrino
FJ, de la Cuadra C, Guillen P. Overuse Injuries in Professional Ballet:
Injury-Based Differences Among Ballet Disciplines. Orthopaedic Journal of Sports
Medicine [Internet]. 2015 Jun 29 [cited 2016 Oct 3];3(6). Available from:
http://ojs.sagepub.com/lookup/doi/10.1177/2325967115590114 </span></div>
</div>
<div class="MsoNormal">
<div style="text-align: justify;">
4. Costa MSS, Ferreira AS, Orsini M, Silva EB, Felicio LR. <span lang="EN-US">Characteristics and prevalence of
musculoskeletal injury in professional and non-professional ballet dancers. </span>Brazilian
Journal of Physical Therapy. 2016 Apr;20(2):166–75. </div>
</div>
<div class="MsoNormal">
<div style="text-align: justify;">
<span lang="EN-US">5. Smith
TO, de Medici A, Oduoza U, Hakim A, Paton B, Retter G, et al. National survey
to evaluate musuloskeletal health in retired professional ballet dancers in the
United Kingdom. Physical Therapy in Sport [Internet]. 2016 Jul [cited 2016 Oct
3]; Available from:
http://linkinghub.elsevier.com/retrieve/pii/S1466853X16300657 <o:p></o:p></span></div>
</div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
</div>
Claudio Mesquitahttp://www.blogger.com/profile/04407601622719979346noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5082403623106042036.post-36739811252495660862016-09-29T18:30:00.004-03:002016-12-22T10:42:43.736-02:00Dor Patelofemoral, a famosa condromalácia - como se prevenir?<div>
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
</div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgGRBKx7IZbC4K1o6_FvAYZCCoiTwWC3GDBgpCJyhBJ-OBq2q30oNdIb8xAFK0LduRAs-HMJleBVz7zl1CGENc9cgoLbJO96d7A_EsidjnkmE6cdg0yeOh128YIZvDgFE6W8t08wBPS_yg/s1600/dor+no+joelho+com+borda.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="218" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgGRBKx7IZbC4K1o6_FvAYZCCoiTwWC3GDBgpCJyhBJ-OBq2q30oNdIb8xAFK0LduRAs-HMJleBVz7zl1CGENc9cgoLbJO96d7A_EsidjnkmE6cdg0yeOh128YIZvDgFE6W8t08wBPS_yg/s320/dor+no+joelho+com+borda.jpg" width="320" /></a></div>
<br />
<br /></div>
<div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
Como
você pode se proteger de desenvolver a <b>dor
patelofemoral</b>, a famosa "condromalácia patelar"?</div>
<a name='more'></a><br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
Um
estudo do tipo "revisão sistemática", que á, basicamente, a análise
de vários estudos que analisaram um determinado tema, observou que o <b>fator de risco</b> mais consistente para o
desenvolvimento da dor patelofemoral é ter um <b>quadríceps fraco</b> (1). Ou seja, ter menos força na musculatura
anterior da coxa.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<o:p><br /></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
Diversos
outros fatores foram investigados. Aparentemente, altura não é um fator, assim
como peso corporal, IMC, idade, gênero, ângulo-q (valgo do joelho) e outros,
embora gênero (<b>feminino</b>) pareça
também ser um fator de risco. </div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<o:p><br /></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
A
sugestão que fica é que, se desejar <b>diminuir
o seu risco</b> ou o risco das pessoas e/ou atletas com quem você trabalha,
ensinar ou realizar exercícios de <b>fortalecimento
do quadríceps</b> seriam uma recomendação a ser enfatizada.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<o:p><br /></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
Isso
é consistente com o que já vimos em relação à <b>prevenção de lesões</b> no esporte (veja <a href="http://fisioterapiadoesporte.blogspot.com.br/2016/09/comoprevenirlesoesesportivas.html">aqui</a>).</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<o:p><br /></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
Portanto,
melhore a <b>força</b> do quadríceps!</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<o:p><br /></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
E
como fazer isso?</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<o:p><br /></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<b>Exercícios resistidos</b> como o
agachamento, o afundo, a cadeira extensora são exemplos (2). Nossa sugestão é
que esteja envolvido em atividades que você goste de realizar que envolvam um
trabalho de fortalecimento, como musculação ou pilates, ou complemente seu esporte
com esses tipos de atividade. Corredores de ultramaratonas, por exemplo, tem a
dor patelofemoral como uma lesão relativamente comum (ver <a href="http://fisioterapiadoesporte.blogspot.com.br/2016/12/corrida-quais-as-lesoes-mais-frequentes.html">aqui</a>). Complementar o
treino com um trabalho de <b>musculação</b>
poderia diminuir os riscos de desenvolvê-la.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
Referências Bibliográficas</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span lang="EN-US">1-) Lankhorst NE, Bierma-Zeinstra
SMA, van Middelkoop M. Risk Factors for Patellofemoral Pain Syndrome: A
Systematic Review. Journal of Orthopaedic & Sports Physical Therapy. 2012
Feb;42(2):81-A12. </span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span lang="EN-US">2-) Anterior Knee Pain: <i>As an
Athlete, Am I at Risk?</i> Journal of Orthopaedic & Sports Physical
Therapy. </span>2012 Feb;42(2):95–95.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
</div>
Claudio Mesquitahttp://www.blogger.com/profile/04407601622719979346noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5082403623106042036.post-2182644360192495942016-09-29T18:21:00.004-03:002016-11-23T10:42:30.218-02:00Corrida - treino de força aumenta a eficiência<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhkmtnPyHHI4ZoK6gXkrNrNWJPDGSXB0SynCtc4PBwyKllPdL9fz2xsax2BGSpbILwpJDfL46Y-yW-JJEIRkGvQUAPOmNDLYXn0l16iFIWUs6IRNTwESQB4CzkeO_uDNYHfkysaxyvBRps/s1600/leg+press+com+borda.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="264" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhkmtnPyHHI4ZoK6gXkrNrNWJPDGSXB0SynCtc4PBwyKllPdL9fz2xsax2BGSpbILwpJDfL46Y-yW-JJEIRkGvQUAPOmNDLYXn0l16iFIWUs6IRNTwESQB4CzkeO_uDNYHfkysaxyvBRps/s320/leg+press+com+borda.jpg" width="320" /></a></div>
<br />
<br />
<div class="MsoNormal">
Quer melhorar a eficiência da sua <b>corrida</b>?<br />
<a name='more'></a></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Como fazer isso? Uma possível solução foi apresentada por um
estudo publicado no jornal Sports Medicine (1), o qual apresentou uma análise
de publicações anteriores a respeito da influência de <b>treinamento de força</b>, feito paralelamente, na economia da corrida
de longa distância.</div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<o:p><br /></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
A <b>economia da corrida</b>,
basicamente, é o gasto energético realizado para se cobrir uma determinada
distância, mensurado através do consumo de oxigênio. Atletas com maior nível de
economia de corrida gastam menos energia e, supostamente, têm uma reserva maior
para continuar correndo.</div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<o:p><br /></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
O que o estudo mostrou é que tanto o <b>treino de força intenso</b>, quanto o <b>treino de explosão muscular</b> proporcionam uma pequena melhora na
economia energética de corredores, enquanto o mesmo não parece ocorrer para os
treinamentos de força isométricos. E, para melhores efeitos, o treinamento deve
ser mantido ao longo do tempo.</div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<o:p><br /></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
Portanto, se você é <b>corredor</b>
e deseja ter um menor gasto energético, o <b>treinamento
de força pesado</b> e o <b>treinamento de
explosão muscular</b> são algumas opções úteis.</div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<o:p><br /></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
Vale lembrar que, como já mencionamos (<a href="http://fisioterapiadoesporte.blogspot.com.br/2016/09/comoprevenirlesoesesportivas.html">aqui</a>), o <b>treinamento de força</b> é uma das melhores
ações se você deseja prevenir lesões no esporte.</div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<o:p><br /></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<span lang="EN-US">Referências
Bibliográficas<o:p></o:p></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal">
<span lang="EN-US">1. Denadai
BS, de Aguiar RA, de Lima LCR, Greco CC, Caputo F. Explosive Training and Heavy
Weight Training are Effective for Improving Running Economy in Endurance
Athletes: A Systematic Review and Meta-Analysis. Sports Medicine [Internet].
2016 Aug 6 [cited 2016 Sep 29]; Available from:
http://link.springer.com/10.1007/s40279-016-0604-z </span></div>
<div class="MsoNormal">
<span lang="EN-US"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span lang="EN-US"><br /></span></div>
Claudio Mesquitahttp://www.blogger.com/profile/04407601622719979346noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5082403623106042036.post-33291571687254267232016-09-27T18:29:00.000-03:002016-11-25T13:18:54.121-02:00Corrida - como aumentar a milhagem semanal?<div>
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEicRXIAHJ8chKXoDm9JP9DG2CNT24stqPdZRtdi4ZgVucZp0Wl_GshPKsZFoUvb_n7tl_wXGxE4N8dLa5-0NhxDIjcInJphVmI1pyI6X20IAzKXtjyEAFu91w5uBXKLHN1MhKSnMbRw7lw/s1600/bem+estar+-+corredora+pes+com+borda.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="217" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEicRXIAHJ8chKXoDm9JP9DG2CNT24stqPdZRtdi4ZgVucZp0Wl_GshPKsZFoUvb_n7tl_wXGxE4N8dLa5-0NhxDIjcInJphVmI1pyI6X20IAzKXtjyEAFu91w5uBXKLHN1MhKSnMbRw7lw/s320/bem+estar+-+corredora+pes+com+borda.jpg" width="320" /></a></div>
<br />
<br /></div>
<div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
Como
<b>aumentar a distância</b> semanal na
corrida?<br />
<br /></div>
<a name='more'></a><br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
Já
vimos anteriormente que o aumento agudo da intensidade ou volume de treinamento
pode aumentar o risco de se <b>lesionar</b>
(<a href="http://fisioterapiadoesporte.blogspot.com.br/2016/09/comoprevenirlesoesesportivas.html">aqui</a>). Então, como fazer o aumento da kilometragem semanal em atletas de
corrida?</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<o:p><br /></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
Um
estudo feito pela Universidade de Aarhus, na Dinamarca, procurou responder a
essa questão (1). Nele, buscou-se acompanhar mais de <b>800 corredores</b> iniciantes ao longo de um ano. Todos receberam
acompanhamento através da utilização de um GPS, visando obter dados a respeito
das distâncias recorridas para que fosse feita análise posterior. Eram
classificados, dentro das sessões de treinamento, de acordo com a progressão
feita na distância semanal: menos de 10% de aumento, 10 a 30% de aumento ou
aumento maior de 30%. </div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<o:p><br /></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
Além
disso, classificaram as lesões como sendo relacionadas ao ritmo ou ao volume (1,
2). <b>Lesões de ritmo</b> são aquelas
relacionadas à velocidade (distância dividida por tempo), enquanto as <b>lesões de volume</b> são aquelas
relacionadas à distância percorrida.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<o:p><br /></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
Exemplos
de <b>lesões de volume</b>, conforme
utilizadas no estudo (1) são dor patelofemoral, síndrome da banda íliotibial,
síndrome do stress tibial medial (canelite), tendinopatia patelar e bursite
trocantérica (que de bursite não tem nada - é uma tendinopatia glútea, voltamos
a isso em outras oportunidades), enquanto exemplos de <b>lesões de ritmo</b> são fasciíte plantar, tendinopatia de aquiles e
fratura de stress da tíbia. O que os autores hipotetizaram (1) é que,
justamente, as lesões de volume teriam sua incidência maior naqueles que
aumentaram a distância semanal em mais de 30%.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<o:p><br /></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
O
que foi encontrado é que, no geral, não houve diferença na incidência de
lesões. Porém, <b>lesões de volume</b>, foram
mais frequentes nos que aumentaram a distância em mais de 30% do que nos que
não ultrapassaram os 10% de aumento, conforme previsto. As lesões de ritmo tiveram
uma diminuição que não foi considerada significativa relativa ao aumento da
distância semanal.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<o:p><br /></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
Ou
seja, sugere-se assim que a etiologia das <b>lesões
da corrida</b> pode estar relacionada ao tipo de sobrecarga imposta e que, para
um controle adequado dessa sobrecarga, deve-se olhar não somente para os incrementos
da distância, mas também para outros fatores (1). Portanto, para evitar lesões
de volume, <b>não exagere nos incrementos a
cada semana</b> (a sugestão, conforme o artigo, é aumentar 10% ou menos por
semana), mas <b>não deixe de olhar para o
ritmo e outros aspectos</b> (aclives, declives, inclinação, tipo de piso, peso corporal,
lesões, prévias são apenas alguns possíveis exemplos).</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<o:p><br /></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
E
que todos corram com (muita) saúde!</div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<o:p><br /></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Referências Bibliográficas</div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<span lang="EN-US">1. Nielsen
RØ, Parner ET, Nohr EA, Sørensen H, Lind M, Rasmussen S. Excessive Progression
in Weekly Running Distance and Risk of Running-Related Injuries: An Association
Which Varies According to Type of Injury. Journal of Orthopaedic & Sports
Physical Therapy. 2014 Oct;44(10):739–47. </span><a href="http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/25155475"><span lang="EN-US">NIELSEN et al (2014)</span></a> <span lang="EN-US"><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span lang="EN-US">2. Nielsen
RO, Nohr EA, Rasmussen S, Sørensen H. Classifying running-related injuries
based upon etiology, with emphasis on volume and pace. Int J Sports Phys Ther.
2013 Apr;8(2):172–9. </span><a href="https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/23593555"><span lang="EN-US">NIELSEN et al (2013)</span></a><span lang="EN-US"><o:p></o:p></span></div>
</div>
Claudio Mesquitahttp://www.blogger.com/profile/04407601622719979346noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5082403623106042036.post-76518580405313016292016-09-23T15:02:00.003-03:002017-12-29T17:08:08.343-02:00Como prevenir lesões esportivas?<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><br /></span>
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
</div>
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><span style="text-align: justify;">Como
</span><b style="text-align: justify;">prevenir lesões no esporte</b><span style="text-align: justify;">? Essa é
uma pergunta ampla, que pode envolver múltiplos fatores que vão desde a rotina
de treino do atleta, seu condicionamento físico basal, sua alimentação,
descanso, genética além de outros diversos possíveis fatores.</span></span><br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
</div>
<a name='more'></a><span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><br /></span>
</span><br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">Nos
últimos anos, alguns estudos vem nos ajudando a <b>resolver</b> essa pergunta de forma mais significativa. Vamos separar o
texto a seguir com base nos princípios revelados por esses artigos.</span><br />
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><br /></span>
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgefExBlKDY8S-soE2FohUvOKeqVL1O6KWpLRGaVBSB7vcRyab7bwWayZJmoR-5jNlcRDzw_8keJTGRITQeMw0FVapZPZQpQNrkptefsrI6lgYbeZ2mgnLuthsmCtVuq94DlVhblXJ89rE/s1600/leg+press+com+borda.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img alt="" border="0" height="264" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgefExBlKDY8S-soE2FohUvOKeqVL1O6KWpLRGaVBSB7vcRyab7bwWayZJmoR-5jNlcRDzw_8keJTGRITQeMw0FVapZPZQpQNrkptefsrI6lgYbeZ2mgnLuthsmCtVuq94DlVhblXJ89rE/s320/leg+press+com+borda.jpg" title="" width="320" /></a></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">os exercícios de fortalecimento muscular</span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">podem ser um aspecto fundamental</span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">na prevenção de lesões esportivas</span></div>
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<b><span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif; font-size: 20.0pt; line-height: 115%;">1. Dosagem adequada do Treinamento<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">A <b>dosagem adequada</b> deve ser feita em
qualquer treinamento esportivo, de forma a permitir uma adaptação segura do
atleta às novas cargas às quais ele vai sendo exposto. Um cuidado adequado deve
ser feito em relação a realização de picos agudos de aumento da intensidade
e/ou volume de treinamento (1). Atletas expostos a menores picos agudos, em
relação à carga ao qual estão acostumados, estão expostos a menores riscos de
desenvolvimento de <b>lesões</b> (1). De
fato, tanto as cargas absolutas (total de carga de treino ao longo da semana,
por exemplo), como as cargas relativas (ex: carga semanal em relação à carga
total do mês) parecem relacionadas ao desenvolvimento de lesões (2). </span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<b><span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif; font-size: 20.0pt; line-height: 115%;">2. Condicionamento Físico Adequado<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">Uma
consequência natural do que foi exposto acima (1) é a de que atletas mais bem preparados,
capazes de tolerar uma carga maior de treinamento, seriam mais capazes de
tolerar as exigências das competições e treinamentos intensos. Eles estariam
menos expostos aos picos de aumento da intensidade, pois para eles esse aumento
seria relativamente menor. Dessa forma, buscar fornecer aos atletas um melhor <b>condicionamento físico</b>, de forma a
tolerar maiores níveis de treinamento, pode ser outro fator protetor em relação
a lesões (3).</span><br />
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><br /></span>
<b><span style="font-size: 20pt; line-height: 30.6667px;">3. Fortalecimento Muscular</span></b></span><br />
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">Outra
estratégia importante para a prevenção de lesões esportivas parece ser o
trabalho de <b>fortalecimento muscular</b>
(4) De fato, o fortalecimento muscular reduziu lesões de forma mais
significativa que a de exercícios proprioceptivos ou, especialmente,
alongamento (4). Essa redução ocorre tanto em lesões agudas como lesões de sobrecarga
("overuse").</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><br /></span>
</span><br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg1ycIKlwKhjtXAsqnkNyrwhOIlaIQQ2F1xJR2vOk0c-eUvMB-pp1Gk7v1ybzLVRHQVXCoLxII0g3MBva65aVZRpdevyZsMd6KuO7prHh9x-rWLjl_E0bx9Cba_RPsPXOCRPPbGuRSiaAo/s1600/Como+prevenir+les%25C3%25B5es+esportivas.png" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" data-original-height="1200" data-original-width="1600" height="480" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg1ycIKlwKhjtXAsqnkNyrwhOIlaIQQ2F1xJR2vOk0c-eUvMB-pp1Gk7v1ybzLVRHQVXCoLxII0g3MBva65aVZRpdevyZsMd6KuO7prHh9x-rWLjl_E0bx9Cba_RPsPXOCRPPbGuRSiaAo/s640/Como+prevenir+les%25C3%25B5es+esportivas.png" width="640" /></a><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgefExBlKDY8S-soE2FohUvOKeqVL1O6KWpLRGaVBSB7vcRyab7bwWayZJmoR-5jNlcRDzw_8keJTGRITQeMw0FVapZPZQpQNrkptefsrI6lgYbeZ2mgnLuthsmCtVuq94DlVhblXJ89rE/s1600/leg+press+com+borda.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em; text-align: center;"><span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"></span></a></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: left;">
<br /></div>
</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<b><span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif; font-size: 20.0pt; line-height: 115%;">4. Sono e Recuperação Adequados<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">Atletas
adolescentes com menos <b>horas de sono</b>
por noite estavam mais propensos a desenvolver lesões na comparação com atletas
que dormiam mais (5, 6) sendo maior o risco quanto mais velho fosse o atleta (6).
O <b>descanso inadequado</b> também parece
ligado ao maior risco de lesões, tanto em relação ao período de descanso entre
as sessões de treinamento ou competição (5) quanto em relação ao total de dias
de descanso semanal (7). Em atletas de modalidades de endurance (corrida de
longa distância, natação, ski cross-country), ter menos de 2 dias de descanso
semanal estava ligado a um risco aumentado de cerca de 400% de desenvolvimento
de lesões (7). </span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<b><span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif; font-size: 20.0pt; line-height: 115%;">5. Atenção à especialização precoce<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">Vem
sendo observado, nos últimos anos, uma possível relação entre a <b>especialização precoce</b> e o risco de
futuras lesões em atletas (8, 9). Dentre as razões para esse risco aumentado
estariam o menor desenvolvimento de um repertório motor, a ausência de descanso
das estruturas motoras (ao praticar esportes diferentes, as estruturas motoras
enfatizadas em um deles seriam menos utilizadas na prática do outro), exposição
ao excesso de treinamento, fragilidade relativa de um sistema
músculo-esquelético em desenvolvimento, exigência de resultados e o desgaste
psicológico (10, 11). Além disso, uma <b>especialização
mais tardia</b> parece relacionada a uma maior proporção de atletas atingindo
nível de atleta de elite e permanecendo por mais tempo nessa situação (12).</span></span><br />
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><br /></span>
<b><span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif; font-size: 20.0pt; line-height: 115%;">6. Atenção à Tríade da Mulher Atleta</span></b></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">Descrita de forma simples, a <b>Tríade da Mulher Atleta</b> é a presença, associada ou não, de <b>alterações alimentares, alterações menstruais e diminuição da massa óssea</b> (13,14). Esses três aspectos estão interligados, já que a energia disponível no corpo (decorrente da alimentação) afeta a densidade óssea tanto de forma direta (hormônios metabólicos) como indiretamente (afetando a função mentrual e a liberação de estrogênio - hormônio que, nas mulheres, "carrega" cálcio para os ossos) (13). Dessa forma, <b>alterações alimentares</b> que promovam um déficit de energia disponível favorecem a fragilização do sistema ósseo e, consequentemente, a ocorrência de <b>lesões ósseas</b>, como <b>fraturas de stress</b> (13). Além disso, pode predispôr a diminuição da performance esportiva e a alterações em diversos sistemas do corpo (como o endócrino, gastrointestinal e outros) (13, 14). A atenção a ela deve estar, especialmente, presente em <b>atividades nas quais ser magro ou leve</b> é um aspecto valorizado (13), ou em atletas que, de forma não relacionada ao esporte, estejam valorizando a magreza e perda de peso. De destaque, a atenção com <b>atletas jovens</b> é muito importante, especialmente pelo fato de que 90% da massa óssea máxima é obtida aos 18 anos de idade (14).</span></div>
<div>
<br /></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<b><span style="font-size: 20.0pt; line-height: 115%;">Considerações Finais<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
Aí
estão 6 princípios que, no mínimo, devem ser levados em conta pelos
profissionais da saúde que trabalham, orientam ou se relacionam com atletas e
têm preocupação com a <b>diminuição dos
riscos ou prevenção de lesões esportivas</b>. Considerar as variações do padrão
de intensidade/volume do treinamento, levar em conta o condicionamento físico
individual de cada um, a utilização de um trabalho de fortalecimento muscular,
enfatizar sono e recuperação adequados e, por fim, levar em conta a
possibilidade de que uma especialização precoce pode não ser tão benéfica são conceitos
relativamente sólidos de forma que sua implementação na prática de
profissionais e equipes pode ser recomendada.</div>
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<br /></div>
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Claudio Mesquitahttp://www.blogger.com/profile/04407601622719979346noreply@blogger.com0