Podemos
usar técnicas e recursos não comprovados
em atletas de alto rendimento?
Defendemos
o uso de técnicas e recursos solidamente
baseados em evidências científicas. É o que realmente funciona, independentemente
de nossos achismos e percepções de que algo funciona.
Será
que há espaço, no tratamento de atletas
de elite, para tratamentos não comprovados cientificamente?
Um
Fisioterapeuta Britânico teve suas opiniões publicadas no Jornal Britânico de Medicina
do Esporte (BJSM - British Journal of
Sports Medicine) relatando que, ainda que defendesse solidamente o uso de métodos
de efetividade clínica cientificamente provados, era a favor dos "1 por centos", que seriam
tratamentos sem efetividade clínica comprovada ou com mínimas evidências
sustentando seu uso, no tratamento de
atletas de alto rendimento (1).
Em
outras palavras, tratamentos que não sabemos exatamente se fazem bem (ou mal),
mas que alguns acham que podem fazer
bem.
Sua
justificativa era que esses tratamentos, através de um processo de decisão conjunta com o atleta, poderiam
trazer benefícios fisiológicos e psicológicos. Segundo ele, esse tipo de recurso
seria usado em conjunto com os tratamentos principais (reabilitação ativa e exercícios).
E sugere ainda que essa atitude estaria alinhada com o pensamento do atleta de "querer sentir que tudo está sendo
feito para que ele se recupere o quanto antes, assim como seu clube".
E
você, atleta ou Fisioterapeuta que
lê esse texto. O que você pensa a respeito? Tratamentos sem comprovação
estariam bem pra você, caso os tratamentos realmente comprovados estivessem
sendo utilizados, ao se tratar atletas de elite (conforme descrito no texto)?
Referências
Bibliográficas
1. Ardern CL, Glasgow P, Schneiders
A, Witvrouw E, Clarsen B, Cools A, et al. 2016 Consensus statement on return to
sport from the First World Congress in Sports Physical Therapy, Bern. British
Journal of Sports Medicine. 2016 Jul;50(14):853–64. link: MORGAN
(2016)
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